Regiane Alves destaca importância de 'Vai na Fé' abordar o etarismo e conta como sua própria vida mudou com a idade
Regiane Alves (44), que interpreta a Clara na novela 'Vai na Fé', contou que entender que "a autoestima é algo que precisa ser construído dentro da gente" mudou tudo em sua vida.
A personagem da atriz é um bom exemplo de como as mulheres podem se sentirem mal com os efeitos do tempo e diminuídas diante de seus próprios parceiros.
No caso de Clara, o marido não perde uma oportunidade de criticar a esposa, seja pelas atitudes ou aparência, justamente para deixá-la dependente.
Porém, na vida pessoal de Regiane, as coisas aconteceram de uma forma diferente.
"Quando cheguei aos 40 anos, uma coisa muito boa aconteceu. Percebi que a gente coloca muito a felicidade na mão do outro. E descobri que a minha segurança vinha através do meu trabalho, de a gente se sentir bem produzindo. Minha autoestima tem que vir de mim, e não do outro. Isso mudou minha postura em relação aos outros, e descobri que eu tinha que tomar o controle da minha vida. Foi muito positiva a minha chegada aos 40”, lembra a atriz ao gshow.
E Regiane espera que seu trabalho ajude muita gente a identificar que isso está acontecendo dentro de casa, o que nem sempre é uma tarefa fácil.
“A Rosane (Svartman, autora) foi muito precisa em colocar a situação desse casal, que acontece muito. Há muita exigência dos homens. As mulheres são bonitas, perfeitas, e o homem reclama, quer colocar a mulher sempre num tom abaixo. Hoje vejo as mulheres falando pelo que passaram e acabam se identificando. As mulheres podem se identificar muito com a Clara”, comenta.
Ver essa foto no Instagram
Dando vida a terceira personagem com o nome de 'Clara' na teledramaturgia, Regiane Alves diz o que tem em comum com a sua personagem.
“Acho que já passei por essa situação de ficar à espera de um elogio, de um companheirismo do outro, de um olhar, esperar que a pessoa faça, e ela não faz. Quando eu olho essa Clara, eu penso que já tive essas atitudes e o quanto isso me fez mal, e o quanto vai ser bom quando ela acontecer, renascer para a vida”.