Na Ilha, ele realça 24 anos com Lilian e estreia de Lívian em Malhação
Na Ilha de CARAS, o humoristaRenato Aragão (80) e a mulher, Lilian (47), celebraram seus 24 anos de união contando detalhes sobre o segredo da longa relação. “Cada um tem sua visão de vida, mas, quando conversamos, chegamos a um ponto comum. Não vivenciamos a discussão, o desgaste. Conviver é ceder às necessidades do meu marido e ele, às minhas, e os dois sempre em função da família. Isso nos fortalece. Tive sorte de encontrar o Renato, uma oportunidade que Deus me deu para ser feliz com a pessoa que amo”, destacou Lilian.
“As pessoas estão egoístas, não conseguem abrir mão de coisas por seus companheiros, sempre se priorizam”, acrescentou ela. “É isso! Temos uma troca, uma certa renúncia. Não tem que ser egoísta. Aí, nem a amizade dura. Lilian me acrescentou uma nova vida. Hoje, dá palpite até na roupa que visto. Aí veio a nossa filha, um outro embalo, elas me remoçam”, observou ele, referindo-se à caçula, Lívian Aragão (16). O eterno Didi contou estar orgulhoso do rumo da carreira artística dela, que estreou em novelas com Flor do Caribe, em 2013, e, em agosto, voltará à telinha na nova temporada de Malhação, mas realçou os problemas da adolescência. “Esta fase é complicada para todos os pais do mundo. Ela se queixa de algumas coisas, reclama de outras, não quer ser mais menina, deseja ser moça, mulher. A gente tem que puxar, dizer ‘calma, vai devagar’. Mas é uma parceirona. Viramos adolescentes ao lado dela”, afirmou.
Parece que elas o rejuvenescem. Como se sente aos 80?
Eu não me sinto um senhor. E, quando encarno o Didi, pareço ter 55, idade cronológica dele, não sinto cansaço nem nada.
E as limitações da idade?
Ainda não tenho, mas também não estou me arriscando muito. E eu já tive um AVC. Durante a gravação de um telefilme, estava correndo de um helicóptero em uma floresta, não escutei o corte do diretor e continuei feito um maluco. De repente, não aguentava mais, encostei em uma árvore. Durante a noite, acordei para ir ao banheiro e metade do corpo estava paralisado. Passei três meses fazendo fisioterapia pesada até recuperar todos os movimentos.
Você passou por problemas de saúde. Em 2014, sofreu um infarto. Tem medo da morte?
Não, nem penso nisso. Tudo acontece a qualquer um, não é só comigo. A toda hora vemos jovens de 30 anos infartando. Meu problema não foi só o coração. No dia seguinte, podia ir embora para casa. Mas teve a bactéria, a infecção hospitalar terrível, que saiu destruindo tudo, pulmão, fígado, coração, rins, bexiga, vesícula. Passei um dia até descobrirem o antibiótico que era compatível para matá-la. Depois, o médico disse que fiquei igual a uma criança, que não ia ter mais nada no coração.
Como mantém a saúde?
Me alimento bem, não como carne vermelha, gordura nem fritura. Minhas refeições têm muito legume, verdura, peixe e frango, às vezes. Mas eu como pouco. Faço esteira, hidroginástica. Estou sempre em movimento, não posso parar. Hoje, as pessoas estão mais longevas, têm a quarta idade. E eu estou entrando nela.
Qual a possibilidade de voltar a comandar um programa?
Jamais farei programa semanal, não dá mais, é um estresse. Quero aquilo que me realiza, que agrade à emissora e ao povo. Farei telefilmes até o fim da minha vida ou seriados, como o Poeira em Alto Mar. Parar totalmente, não, senão vou morrer. E, em agosto, vou participar do projeto Criança Esperança, que completa 30 anos. Também devo voltar aos palcos com o musical Os Saltimbancos Trapalhões.
Você diz que Didi é seu alterego, que faz o que você não tem coragem. Hoje, já não o incorporou e é um pouco Didi?
Didi vem quando estou entre amigos. Até em família, brinco, faço algumas coisas, mas é bem rápido. Não consigo mudar. Nasci assim. Desde criança eu era contido, um garoto que parecia ter problemas. (risos)