As protagonistas de 'As Five' revelaram o que o público pode esperar da série
Nesta quinta-feira, 12, a tão aguardada série derivada de Malhação - Viva a Diferença, As Five, finalmente será lançada na Globoplay. As novas aventuras das personagens, Lica, Keyla, Benê, Ellen e Tina,agora se passa seis anos após o fim da novela e mostrará o reencontro das amigas após três anos sem se falarem.
Para celebrar a estreia e saber mais sobre esse novo projeto, a CARAS Digital conversou com as protagonistas Manoela Alperti, Gabriela Medvedoviski, Daphne Bozaski, Heslaine Vieira e Ana Hikari, que contaram o que o público pode esperar desse novo enredo, quais as mudanças das personagens e ainda um pouco sobre a vida pessoal de cada uma.
Depois de três anos da exibição de Malhação - Viva a Diferença, a série já se inicia em outro momento de cada uma das personagens. Elas não são mais adolescentes e estão entrando na vida adulta, com novos rumos, desafios, conflitos pessoais e profissionais, e novas histórias.
Na trama, Tinaagora tem que lidar com a morte da mãe, ao mesmo tempo que seu relacionamento comAndreson, interpretado por Juan Paiva, que além de namorado, é seu parceiro de trabalho, está começando a desgastar. Já Keylavive as dificuldades de uma mãe jovem, que cria o filho sozinha. Na série, ela irá começar a olhar mais para si e procurar investir em seu sonho profissional de ser atriz de musicais.
Ellen já tem uma carreira bem sucedida. Morando nos Estados Unidos, ela retorna ao Brasil para reencontrar as amigas e apoiar Tina. Esse retorno acaba mexendo com os sentimentos dela em relação à vida profissional e amorosa, além de resgatar suas raízes brasileiras. Lica não mudou tanto. A burguesa do sul de São Paulo ainda vive uma vida extremamente intensa e desprendida, assim como na adolescência. Após o reencontro do grupo de amigas, ela recebe Benê para morar com ela. Já Benê, por fim, acaba de se separar de Guto, interpretado por Bruno Gadiol, que era seu namorado de escola. Vivendo de música, algo que sempre sonhou, a menina passa a viver com Lica e conhece Nem, vivido por Thalles Cabral, com quem viverá novas experiências.
As mudanças foram visíveis para as atrizes, que contaram como viram a transformação de adolescentes para jovens adultas: "Acho que tem várias coisas que acontecem com As Five durante a série, acho que eu posso falar pela Tina, tem várias situações ai que, até assistindo à reprise agora, tem uma cena ou outra que a gente pega assim, uma fala da personagem, da própria Tina assim, eu vi uma fala ou outra e eu penso: 'Gente, caiu por terra isso que ela disse nesse episódio da novela'. Na série ela já se contradiz completamente. Mas é isso que é legal, a vida muda, as pessoas mudam e eu acho que isso tem tudo a ver com a transformação da vida adulta", comentou Ana.
"Elas realmente cresceram e parece muito obvio, mas não é. A gente tinha uma lacuna de seis anos para preencher dessa vida delas, a gente não sabia pra onde tinha ido, o que tinha levado elas a tomarem certas decisões, qual é o percurso que elas fizeram e as relações que elas romperam ou começaram nesse período", completou Heslaine.
As cinco ainda fizeram comentários das personagens, lembrando o que não mudou, mas afirmando que aconteceu um grande amadurecimento: "Eu acho que a Ellen continuou muito determinada, muito em busca dos sonhos dela. E isso é uma coisa que eu vou sempre me orgulhar dela. Ela sempre luta e corre atrás, vai atrás, é muito inteligente. Mas eu acho que como jovem adulta, a contradição está presente.", disse Heslaine.
Gabriela também contou sua nova visão de Keyla: "A Keila mantém muito da essência dela, dessa força que ela tem, o otimismo. [A Keyla] é muito dramática, ela segue muito dramática, mas são novas questões que vem se apresentando na vida e uma maturidade diferente que ela tem. E uma das coisas que me surpreendeu bastante foi a relação dela com ela mesma, a relação com o autocuidado, um pouco sobre a vulnerabilidade dela, ela começa a se entender um pouco mais vulnerável. [...] Esse lugar do vulnerável e essa relação dela com ela que me surpreendeu no texto das Five."
Para Daphne, o amadurecimento de Benê foi o mais nítido: "Pra mim, a Benê da Malhação, ela estava em um período de primeiro entender o que era o autismo pra ela, como ela lidava com seus sentimentos, com o primeiro amor, então as coisas estavam muito latentes, esses assuntos das emoções dela, as primeira amigas. Então, quando chegou o texto da série, ela já fez uma faculdade, ela já está morando em Campinas há seis anos com o Guto. Ela já viveu um monte de coisas que deixou ela menos ingênua do que ela era na Malhação. Hoje ela tem mais malícia do mundo, mesmo estando dentro do espectro autista. O que eu achei legal, o que eu fiquei feliz, é de que a Benê conseguiu entrar no mercado de trabalho, conseguiu construir uma relação duradoura com o Guto"
"Essa essência delas, é delas, não tem como tirar, não tem como alguém remover. Falando da Lica, a essência dela é essa de desprendimento da vida, essa leveza e essa intensidade, acho que isso não mudou. Isso também não me surpreendeu. Agora, esse lugar que ela está, essa bolha econômica, social e cultural, ela aos poucos vai começando a se romper. A realidade vai bater na porta dela e aos poucos essa transformações vão vir, muito dos encontros que vão acontecer ao longo da série. Não me surpreendeu a essência dela não ter mudado, mas muitas das situações que o roteiro apresenta me surpreenderam bastante", completou Manoela.
Por fim, Ana descreveu Tina: "Em relação à Tina, uma coisa que não mudou foi a relação dela com a arte, com a música, pelo contrário, essa relação só se potencializou na série. [...]. Ela e o Anderson agora trabalham com isso... Foi muito legal, foi um processo muito bom de ver que ela cresceu com isso que ela batalhou tanto ao longo da novela. Mas eu acho que ela está diferente em vários lugares".
Ela ainda aproveitou para elogiar Cao Hamburger, escritor da trama: "Eu li o texto, eu ficava chocada e falava: 'Cao, como é que você fez isso', porque tem muitas coisas que estão diferentes. E uma coisa que eu posso deixar ali de pulguinha atrás da orelha pra vocês é que muita das coisas que ela criticava na própria mãe, estão aparecendo ela agora e é uma contradição que ela mesma vai ter que lidar e descobrir ali na série".
O sucesso da novela foi instantâneo em 2017, o que criou uma grande expectativa para os novos rumos dessa história."A gente sempre fala que o Cao tem uma genialidade, que é capaz de ter esse cuidado de trazer personagens que são profundos, não são superficiais, elas tem camadas, elas não são maniqueístas, elas tem lado bom e ruim. Eu acho que as pessoas se identificam porque tem muita gente diferente para se identificar. Não é um padrão que se reproduz e fala das mesmas coisas. Essa diversidade que a gente celebra, ela ta impressa nas cinco e em todos os outros coadjuvantes", iniciou Gabriela.
"É muito importante também o fato do Cao ter construído uma história com representatividade de verdade! Uma coisa é você colocar na tela só diversidade, você cumpri uma cota estética de pessoas diferente. E não foi isso que o Cao fez, ele colocou representatividade. Ele colocou personagens de diversas etnias, diversas classes sociais, representatividade PCD... Eram personagens diversos que tinham histórias reais para serem contadas. O fato de serem histórias reis que constrói essa representatividade.", completou Ana.
Daphne também teceu elogios para Cao, dizendo que o sucesso vem do texto dele: "Ele construiu essas personagens, a equipe dele é muito incrível! O cuidado que ele tem, que ele faz... Pra mim foi por isso."
Por fim, Daphne ainda falou sobre a relação pessoal das atrizes, lembrando encontros que tiveram nesse período entre as gravações da novela e da série: "A gente criou uma relação muito forte, eu acho que quando terminou, a gente manteve o contato, muito também pelo grupo, por a gente tem um grupo no WhatsApp, [...] E claro, a gente se encontrou algumas vezes, em alguns eventos, aniversário, coisas assim. A gente se encontrava sempre que... Sempre que dá, a gente tenta marcar, não só entre nós cinco, mas também com todo o elenco. A gente sempre manteve contato. Então a gente sempre trocou todo mundo junto. A gente foi um elenco que se deu muito bem e acabou fazendo uma trupe geral eu acho", concluiu.