Atriz emocionou seguidores ao homenagear a morte de Regina Leal; irmã mais nova de sua mãe sofria de uma deficiência
A atriz Leandra Leal prestou uma homenagem nesta terça-feira, 17, para sua tia, Regina Leal. Sempre reservada, a atriz revelou aos fãs que a irmã mais nova de sua mãe sofria de uma deficiência e precisou de cuidados especiais a vida toda. Ela faleceu no início desta semana.
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"Hoje dissemos adeus a nossa Regina. Eu nunca falo muito sobre a vida da minha família publicamente, gosto de preserva-los, mas hoje vendo tanta gente presente no enterro da minha tia, eu fiquei com vontade de compartilhar uma grande lição que elas nos deu. A Regina era a irmã mais nova da minha mãe e acabou sendo uma filha, ela tinha uma deficiência e sempre precisou de cuidados especiais", disse a atriz.
Segundo Leandra, sua mãe, Ângela Leal, assumiu a missão de cuidar da irmã.
"Quando a minha avó morreu, a minha mãe passou a ter a Regina como missão, eu digo missão pq foi realmente trabalhoso. Ela queria proporcionar a irmã uma vida feliz, confortável, com mais independência e realização. No Brasil isso não é fácil ou barato, foram anos até que a minha mãe encontrasse apoio e uma estrutura profissional ideal. Minha mãe nunca deixou a irmã de lado, sempre a incluiu no cotidiano, nas festas, no Rival [teatro administrado pela família Leal]. Ela é sem duvida nenhuma a Leal mais presente no Rival, toda semana ela estava no teatro acompanhada dos amigos que freqüentavam a mesma clínica e de funcionários queridos que a minha mãe encontrou. E hoje eu vi um enterro de uma pessoa amada, cheia de amigos lembrando histórias engraçadas. Eu vi a minha mãe cumprir a sua missão com amor, amor pela vida, pela família, pelos amigos", acrescentou.
Leandra Leal continuou a homenagem:
"A minha mãe e a Regina venceram preconceitos e dificuldades, conseguiram construir uma história linda com o apoio de tantos amigos. Eu aprendi muito vendo a luta da minha mãe, a sua tolerância, dedicação, generosidade, e ela também aprendeu muito com a Regina. Acho que o que eu queria dizer para o mundo é que eu vi a minha mãe sempre escolher por agregar, nunca esconder, separar, diminuir, subestimar. Ela me ensinou a nunca abandonar ou desistir dos seus, a ser tolerante, a ver graça e beleza na vida. Qualquer que seja. Eu tenho a cor dos olhos da Regina e vou sempre guardar no meu coração a sua imagem vestida de Papai Noel. O mais bonito de vê-la assim todo Natal, é que ela acreditava ser o Papai Noel e achava que todos também acreditavam. E nunca ninguém na minha casa desmentiu esse encanto. Nunca ninguém será um Papai Noel tão perfeito. É lindo quando uma vida chega ao fim completando o seu ciclo, com a potência possível de cada um. O amor e saudade não morrem", completou.