A Estela de "O Outro Lado do Paraíso" contou episódios complicados de sua vida
Juliana Caldas, Estela de O Outro Lado do Paraíso, falou sobre sua rotina e como lida com o preconceito e dificuldades por ser anã. “Sou independente desde a adolescência, mas, enquanto não vivermos em uma sociedade justa para todos, vou pedir ajuda e continuar lutando. Não falo só em nome dos anões, mas também dos cadeirantes, cegos, surdos e outros tantos deficientes”, revelou em entrevista à revista da Gol.
+ Juliana Caldas, a Estela de 'O Outro Lado do Paraíso', curte final de semana na praia
Ela contou também sobre uma ocasião em que a funcionária de uma casa de show se recusou a vender a meia-entrada porque Juliana não era cadeirante – desde 2004, o nanismo é considerado deficiência. “Expliquei que existia a lei e que eu ia comprar o ingresso. Ou ela queria que eu fosse no meio da galera para ficar vendo bunda e ser pisoteada? Só me venderam quando falei que ia processar a casa por discriminação. Precisei chegar a esse ponto para conseguir um direito básico meu.”
Elogiada por seu trabalho na novela, a atriz revela que tenta evitar personagens que reforçam o estereotipo de pessoas com nanismo. “Levei um ‘pedala, Robinho’ de um desconhecido enquanto trabalhava em uma festa à fantasia vestida como um dos anões da Branca de Neve e revidei. O cara se achou no direito de fazer isso só porque eu sou anã e há quem aceite passar por esse tipo de humilhação na TV. Um absurdo, essa é a sociedade em que vivemos, a que consome esse tipo de entretenimento e acha legal sair batendo nos outros”.
Maisa Silva sobre Silvio Santos: "Aprendi muito com ele"