Com Keila, ele fala da emoção de contracenar em peça com o filho
Luciana Marques Publicado em 20/09/2017, às 17h00
Aos 8 anos, Conrado surpreende a cada dia os pais, o ator Carlos Bonow (44) e a diretora de núcleo de eventos Keila Kerber (33). Não só pelo carisma, esperteza e educação, mas pela atitude. Em março, o garoto estreou no teatro ao lado do pai como o personagem-título de O Pequeno Príncipe. “Emociona falar. É o espetáculo mais difícil que faço nesses 22 anos de carreira. Imagina eu, ali no palco, contracenando com ele e tentando não olhá-lo como filho e, sim, como personagem”, conta Bonow, em cartaz com o infantil até 24 de setembro, no Teatro Fashion Mall, Rio. Keila também mostra todo o orgulho. “Depois do nascimento dele, foi o momento mais emocionante da minha vida”, ressalta.
Além de atuar, o garoto adora praticar outras atividades com o pai, como jiu-jítsu, muay thai, mexer nas plantas e fazer bonecos de sucata. “Ele tem personalidade forte. Mas é muito amável, abraça, beija, conversa com as pessoas com o maior carinho”, lembra o pai. Workaholic, Bonow, ainda no elenco da comédia teatral Cinco Homens e Um Segredo, em turnê pelo País, recentemente participou do reality Dancing Brasil, da Record TV — o ator foi o quarto integrante eliminado. “Foi uma experiência de renascimento e redescoberta. Descobri um lado meu que sempre quis explorar. Fiz amizade com todos, só gente especial. Fora o corpo de baile... Minha parceira, a Dani de Lova, também foi maravilhosa. Defino como uma viagem de belos encontros”, avalia. Bonow curtiu tanto a empreitada, que continua fazendo aulas de dança na Aca demia Ramalho’s, onde treinava para o programa.
– Desde cedo, Conrado demonstra paixão pela arte?
Bonow – As primeiras brincadeiras de teatro em casa partiram dele, nunca forcei. Está no palco porque conquistou seu espaço. Assim como os outros alunos que eu e Carla Araújo temos na companhia de teatro Gratthus e que também estão na peça. Conrado fica à vontade com a arte. Keila
– É a realização dele. Sabe o que me disse outro dia? ‘Mãe, você nunca vai precisar me levar para a Disney porque o palco é meu maior parque de diversões’. Fiquei boba!
– São 11 anos de relação. O que um mais admira no outro?
Bonow – Keila é guerreira, intensa, tem coração que mal consegue controlar e aí pode vazar para vários lados. E isso me fascina! Uma mulher companheira, parceira, de estar junto em todos os momentos. E, claro, uma mãe maravilhosa, incrível.
Keila – A garra e a perseverança dele. Faz teatro, TV, dá aula, produz, está sempre se reinventando.
– O que faz durar a união?
Bonow – Tolerância, compreensão e fazer com que o amor prevaleça. Muitos casais, às vezes, tentam pouco, abrem o relacionamento de forma fácil, já deu e pronto. Acho que a franqueza, falar o que está sentindo, mesmo que faça doer um pouquinho no outro, ajuda muito.
Keila – Diferença a gente tem o tempo inteiro, mas valorizamos as mesmas coisas, família, ética... Isso é muito importante.
– Sua estreia foi em 1994, em peça do Sítio do Picapau Amarelo. Não parou mais...
Bonow – Estou sempre buscando, fomentando. O artista que não produz se sente mal. Fôlego tenho de sobra, ainda mais se estiver fazendo o que gosto.
Conheça a rotina do ator e se apaixone pelo filho dele, Conrado Bonow.
