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A modelo Brenda Costa ensina seu ritmo

Top faz vídeos de dança e supera deficiência auditiva de nascença

Roberta Escansette Publicado em 01/05/2017, às 12h31 - Atualizado às 23h49

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Brenda Costa - ANTONIO RIBEIRO
Brenda Costa - ANTONIO RIBEIRO

A história da modelo brasileira Brenda Costa (32) poderia ser um filme. Ela nasceu surda, sofreu preconceito, lutou para conseguir falar, venceu no mundo da moda, casou com um bilionário inglês e teve dois filhos lindos. “A melhor terapia é viver”, diz. Mas, mesmo sentindo-se realizada, Brenda não quer saber de final feliz por enquanto. Mais uma vez, ela é exemplo de superação provando que, mesmo com a sua deficiência, é possível dançar com ritmo, por meio da campanha #espiritolatino. “Vou divulgar através de vídeos a música latina e mostrar o poder do nosso povo que tem garra, que tem fé e que se reinventa”, festeja Brenda, no Gran Meliá Rio, em temporada no Brasil. Casada há 10 anos com o inglês Karim Al-Fayed (33), que também é dificiente auditivo, cuja família fez fortuna com a loja Harrods, na Inglaterra, e hoje possui o time de futebol Fulham FC e o Hotel Ritz, de Paris, a top mora em Londres com os filhos, Antonia (9) e Gabriel Antonio (2), e atualmente, além dos vídeos de dança, tem contrato com uma multinacional de cosméticos e está escrevendo seu segundo livro. Ela já publicou a biografia Bela do Silêncio.“Quero acabar com o preconceito. Quando você tem coragem, chega onde quiser”, reforça Brenda que, em 2006, fez cirurgia de implante coclear, dispositivo eletrônico colocado no cérebro para auxiliar a audição.

– Onze anos após a cirurgia, como está a vida?

– Estou falando tão melhor que dou palestras incentivada por meu assessor, Abidon Kaifatch. Também consigo ter ritmo para dançar, sinto mais as batidas.

– Existiu uma preocupação da sua parte de as crianças herdarem a deficiência auditiva?

– Sim, claro. Mas nasceram superbem. Porém, se fosse ao contrário, iriam superar como aconteceu comigo. Minha mãe, Fátima Alves, sempre trabalhou muito para que eu fizesse terapia da fala, fono, fiz escolas normais, estudei moda. Antes de casar, já tinha dado um apartamento para ela.

– Antonia e Gabriel compreendem a sua deficiência?

– A natureza é sábia. A mais velha, antes de um aninho, não chorava. Ela me cutucava quando queria algo. Mais crescida, me avisava quando a campainha tocava. E agora virou uma superirmã.

– Como o marido reagiu aos seus vídeos de dança?

– Depois que tive nossa filha, Karim não queria que eu fizesse mais campanhas de biquíni. Acabei fazendo, mas depois pensei que tinha que respeitá-lo, pois ficava chateado. Porém, após o nascimento do Gabriel, me deixou mais à vontade. É meu maior fã.

– Como a cultura brasileira é presente em casa?

– Falamos português em família. Voltamos para cá com certa frequência, inclusive fizemos o aniversário do Gabriel aqui esses dias. E minha mãe vai para Inglaterra nos ver, fazer feijão, brigadeiro...

–Pretende ter mais filhos?

– Pode ser que adotemos.