Diretor do espetáculo Corte Fatal, Pedro Neschling revela em entrevista à CARAS Brasil bastidores e detalha nova montagem após 30 anos
Já imaginou assistir um espetáculo interativo em que a plateia se transforma em personagem? Corte Fatal apresenta uma história marcada por mistério e um elenco estrelado pelos atores Carmo Dalla Vecchia (53), Douglas Silva (36), Fernando Caruso (43), Hylka Maria (39), Paulo Mathias Jr. e com a participação de Cristiana Oliveira (61). Dirigida pelo ator e diretor Pedro Neschling (42), a peça entrou em cartaz no último dia 8 de março, no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea, no Rio, em uma temporada especial após 30 anos da primeira montagem.
Em entrevista exclusivas à CARAS Brasil por telefone, Neschling revela os bastidores do espetáculo sucesso internacional, fala sobre participação da plateia e abre o jogo da possibilidade de uma curta temporada em São Paulo. Ele também comenta sobre sua experiência na versão brasileira da obra de Paul Pörtner (1925-1984).
"Quando o Sandro Chaim, nosso produtor, me convidou para dirigir essa peça, eu tomei um susto porque o formato de Corte Fatal é completamente diferente de tudo que eu já tinha visto e lido em toda a minha vida. E sempre que você se depara com um desafio desses, uma coisa que te tira do lugar comum, é muito estimulante. Então eu fiquei muito empolgado com esse desafio", conta.
"Eu falei pelo tempo inteiro pro elenco que a gente não tem pressão, a gente tem uma peça que faz sucesso há 40 anos no mundo. A gente tem o privilégio de estar podendo trabalhar com material tão bom e poder trazer para o Brasil e apresentar para o público. Estou muito feliz com o resultado", complementa.
Para Corte Fatal, Pedro ficou apenas dois meses entre preparação e ensaios com o elenco. O principal desafio, de acordo com o diretor, foi preparar os atores para as inúmeras possibilidades que a trama apresenta. Isso porque o público se transforma em personagem e desfechos diferentes são apresentados a cada sessão.
"A plateia é literalmente um sétimo personagem da peça. Eles testemunham o que acontece e depois eles são convidados a ajudar na investigação. E é justamente por rumos dessa investigação, do qual a plateia faz parte, que vão desencadear no final de cada sessão, que depende exatamente do que a plateia ajudar a conduzir. Então é muito importante ter a plateia, a gente ensaia sem a plateia, a gente ia se preparando para todas as intervenções que a gente imagina possíveis, mas é só na hora que o público chega mesmo que Corte Fatal de fato acontece", explica.
Para o profissional, o grande diferencial do espetáculo é a interação quase que integral com a plateia. A energia tradicional se transforma ainda mais com a aproximação de todos para o 'centro do palco', o que permite novos e prazerosos contornos.
Inicialmente, a nova montagem será apresentada no Rio. À reportagem, o diretor confirma que São Paulo vai receber uma temporada e, logo depois, outras capitais do Brasil também serão contempladas. "A produção deve ficar em cartazes, se Deus quiser, por bastante tempo. E em vários lugares, claro", finaliza.
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