Em entrevista à CARAS, Mariana Xavier falou sobre sua luta contra os estereótipos e celebrou conquistas após mais de 20 anos de carreira
Com pouco mais de 20 anos de carreira, Mariana Xavier (43) se viu passando por diversas fases no meio artístico. Agora como protagonista da série Tem Que Suar, do Multishow, ela tem certeza que conquistou um lugar que sempre mereceu enquanto atriz. Em entrevista à CARAS, a carioca abriu o coração e refletiu sobre os desafios do mercado de trabalho e como conseguiu superar os estereótipos.
O protagonismo de Mariana em uma série de humor chega em um momento onde cada vez mais tem se discutido sobre a diversidade na televisão. Fora dos padrões de beleza, agora ela tem visto seu talento ser valorizado. “Nos últimos anos, temos conquistas em relação à diversidade e ao comportamento do próprio público, que quer se ver representado. Os padrões estéticos eram mais rígidos e existia uma coisa de privilegiar isso em detrimento do talento”, disse.
Em uma avaliação sobre as mudanças que aconteceram na sua vida, a artista não tem dúvidas que tem se sentido mais confortável e confiante não apenas profissionalmente. "Hoje, sou uma pessoa mais confortável na minha própria pele, feliz e realizada!”, garante.
Apesar de ter em seu currículo alguns trabalhos na área da comédia, a artista conta que o mercado segue reforçando alguns estereótipos e, por conta disso, ela prefere ir em direção contrária aos rótulos que costumam lhe dar.
“Herdei isso do meu pai. E ainda tem a demanda do mercado, principalmente, depois que engordei. Juntou minha aptidão natural de ser uma pessoa que faz piada com o estereótipo de que o gordo é engraçado. Sei que faço comédia bem, mas minha luta é mostrar que meu corpo não define o gênero dramatúrgico em que tenho que trabalhar”, diz.
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Ainda durante o bate-papo, a atriz também desabafou sobre sua luta contra os padrões estéticos e como vivenciou experiências traumáticas durante o processo. "Sou vítima da ditadura da magreza e engordei tentando ser magra. Falo sobre isso para evitar que as pessoas não violentem a saúde física e mental em busca de padrões inatingíveis”, dispara ela.