Leonårdo Miggiorin abraça atuação e a psicologia; em entrevista exclusiva à Revista CARAS, ele festeja a fase de transformações
Os ventos têm soprado a favor de Leonårdo Miggiorin (43). Com 26 anos de carreira, o ator afirma que a maturidade o ajudou a assumir o leme de sua vida. Resultado? Ele vive período de conquistas pessoais e profissionais.
“Estou em uma nova fase. Porque mudei como pessoa. Um artista só muda em cena se ele se transformar como pessoa. Hoje sou mais corajoso e ainda mais empático, busco perceber a necessidade dos outros”, analisa ele, no elenco da novela Beleza Fatal, da Max.
As mudanças perpassam todas as esferas de vida do ator, que, hoje, além da atuação, se dedica à psicologia. “Consegui unificar minhas paixões, a arte e a psicologia. Trabalho com a cura por meio do teatro. É um processo muito bonito!”, fala ele, durante entrevista exclusiva com CARAS.
– Muitos artistas migraram para o streaming. Qual o impacto desse movimento?
– Existem mais oportunidades e isso é fantástico. Ao mesmo tempo, as contratações são mais curtas, breves, nem sempre temos tempo para preparação. Então, exige uma adaptação de todos.
– Você também está nos palcos e fez sua primeira peça solo, Não Se Mate. Qual o maior desafio?
– Precisei vencer alguns medos e preconceitos: medo de parecer pretensioso fazendo um monólogo, de esquecer o texto e não ter ninguém para me salvar, medo da plateia vazia. Depois que comecei a temporada percebi que a vida é sobre isso: ousar, criar algo, realizar, fazer e ver no que dá. É sobre escolher não desistir. Escolher ter coragem, apesar do medo. Continuar, mesmo enfrentando desafios.
– Você disse que não ter contrato com a TV aberta acabou abalando sua autoestima. Como se reergueu disso?
– Cresci fazendo teatro e televisão. Já tive vários tipos de contrato. Mas, com a pandemia, tudo ficou muito diferente e precisei repensar a minha carreira. Fui estudar. Fiz duas pós-graduações e hoje tenho outras ferramentas para trabalhar. É estudando que a gente descobre novas habilidades e horizontes. Hoje trabalho em diversas áreas, integrando tudo: arte, psicologia, saúde, educação.
– Isso faz parte das mudanças...
– Eu me tornei um empreendedor. Enquanto eu era apenas ator, esperava convites, vivia na expectativa. Agora, proponho projetos, produzo teatro, construo possibilidades para mim e para os outros. Minha barriga também mudou muito (risos). Preciso voltar para o esporte. Vou voltar a dançar em 2025. Está nas minhas metas!
– Tem saudade da TV aberta?
– Sim! Saudade de fazer um personagem em uma trama aberta. É emocionante acompanhar as reações do público. Tenho fé que algum personagem irá me escolher em breve! Não perco a esperança! Estou no jogo! Pronto pra entrar em campo e fazer gol!
– Hoje você fala abertamente sobre sua sexualidade. Como foi vencer essa barreira?
– Tive crises de pânico e medo de ser cancelado, rejeitado, simplesmente por ser como sou, sentir o que sinto. Um terror, pois vivemos numa sociedade cheia de medos e limites, por isso há tanto preconceito e guerra.
– O que é liberdade para você?
– É saber onde pisar. Aceitar que tudo tem consequência. Escolher sabendo que toda escolha exige uma renúncia! Liberdade de escolha é algo que temos parcialmente. Ainda assim, escolher exige consciência, coragem, atitude.
– Quais os próximos projetos?
– Estou produzindo novas peças e trabalhando com a psicologia de forma mais consistente. Vou dirigir um espetáculo que escrevi sobre loucura e psicopatologia. E também estou me preparando para abrir uma escola de artes. O 2025 está só começando!
Leia mais em:Leonårdo Miggiorin abraça nova fase e confessa sobre maturidade: 'Em paz com minhas escolhas'
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