Jonas Bloch: desejo de aprender e enfrentar desafios
Com mais de 50 anos de profissão, ele diz que mulher, herdeiras e netos são ingredientes para felicidade
Redação Publicado em 18/05/2010, às 17h15 - Atualizado em 23/05/2010, às 15h28
Dia desses, Jonas Bloch (70) ouviu de uma prima que o motivo de sua relação de 15 anos com a mulher, a atriz Sylvia Vianna (45), dar tão certo é o fato de o casal morar separado. Enquanto o ator tem casa no Rio de Janeiro, por conta de seu trabalho na Record, Sylvia vive em Lavras Novas, distrito de Ouro Preto, MG, onde comanda o bistrô Mariazica. No entanto, Jonas tem outra explicação para o êxito do casamento. "Até hoje sou profundamente apaixonado por ela. Toda vez em que nos encontramos, minha vida se ilumina. Ela é a luz", declara- se ele, que assim que terminar as gravações da novela Bela, a Feia, no início de junho, corre para passar alguns dias com a amada.
Disposição não falta para o veterano ator. Com mais de 50 anos de carreira, sua próxima empreitada é dirigir a peça Uma História Impagável, escrita por ele mesmo, sobre a história do Brasil. Além do projeto, Jonas gosta de dedicar seu tempo a causas beneficentes. Formado em Artes Plásticas, ele criou, recentemente, camisetas com estampas exclusivas que remetem ao universo teatral e têm renda revertida para a Retiro dos Artistas. "Acho que quando se tem mais do que precisa, cabe a você estruturar melhor quem não tem condições", opina ele, que passa o exemplo às filhas, a atriz Débora Bloch (46) e a RP Deni Bloch (42), e ainda aos netos, Julia (16) e Hugo (12), de Débora, e Tomas (9), de Deni. "Ao olhar em volta e ver o que conquistei, percebo que obtive mais do que esperava em vários sentidos. Me sinto bastante realizado com os meus parentes e a minha profissão. Por tudo isso que recebi, tenho motivos suficientes para sorrir muito", comemora Jonas.
- Qual é a importância da família no seu cotidiano?
- Tenho a impressão de que sem ela não seria nem a metade do que sou. Minha família é a base de tudo. Sem afeto, a vida do ser humano não faz sentido. E ser avô ampliou muita coisa em mim. Eu já tinha um encantamento pelas minhas filhas, que sempre foram o lado mágico da minha vida. Agora, com os meus netos, é como se fosse uma extensão disso. Posso fazer molecagens com eles, deixar transgredir algumas regras. É uma relação bastante alegre e criativa. Eles têm uma energia, uma vitalidade muito grande que é uma característica de todos nós.
- Existe algum segredo para essa sua grande disposição?
- Tenho mania de plantar. E acredito que a natureza recarrega as energias. Às vezes, a cidade sufoca e é preciso achar um jeito dese desligar. Também cuido da minha alimentação, evito frituras e como muito pouco à noite. Isso resultou em uma melhora geral.
- Ao fazer um balanço da vida, qual a maior lição que tira?
- Que ela é um dom que nós recebemos. Tem tanta gente que está amarrada no passado ou quer tanto construir o futuro, que não consegue, de jeito nenhum, enxergar o hoje. É difícil priorizar o presente sem perder de vista o amanhã e, se possível, deixar o passado de lado. Essa aventura de transformar e de oferecer outras circunstâncias é um dos fascínios que o mundo nos oferece. Uma das grandes qualidades de envelhecer é que você vai aprendendo a melhor maneira de viver. Além de aprender estou pronto para desafios.
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