Após brilhar em Garota do Momento, Caio Manhente aproveitou a estadia na Ilha de CARAS by Gav Resorts e refletiu sobre a fama
Um príncipe da vida real? É assim que muitos enxergam Caio Manhente (25), que brilhou como o romântico Edu, da global Garota do Momento. Focado e apaixonado pelo ofício, o ator sabe que a arte não tem limites e quer ir além.
"Eu não quero ser modelo para ninguém. Se no próximo trabalho estiver fazendo um insensível ou um maldito, vou amar também!", dispara Caio Manhente, direto da Ilha de CARAS 3.0 by Gav Resorts, em Angra dos Reis.
O ator, que começou a carreira ainda na infância, sabe muito bem o que é crescer sob o olhar do público, mas não gosta de se encaixar em rótulos. "Se o público quiser me encaixar como galã, tudo bem, mas vou lutar para viver os mais diversos personagens", avisa ele, que no folhetim das 6 contracenou com amigos de longa data como Cauê Campos (23) e Klara Castanho (24).
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"É bonito... a gente trabalhou junto muito cedo e agora vejo a evolução deles. Eu sou um pouquinho mais velho, então eu me considero um irmão mais velho. E a Klarinha é uma pequena gênia! Foi muito especial", comemora o ator.
O Edu foi um dos personagens mais queridos e comentados da novela. Você esperava todo esse sucesso?
Realmente é bonito quando o público corresponde dessa maneira. Acho que o Edu e a Celeste, vivida pela Debora Ozório, fizeram esse casal apaixonante, romântico, que vem do conto de fadas. A novela quis mostrar justamente como um amor lindo e romântico pode se transformar em uma questão difícil para dois jovens que vão ter que lidar com uma gestação, com uma criança. Tudo que impacta o público me satisfaz. Meu grande problema como ator é quando eu fizer um personagem que o público não ligar.
Você comentou em outras entrevistas que não gosta muito do título de galã. Como lida com as expectativas do público?
Eu não posso falar que é um fardo na minha vida, mas eu acho chato. Não quero ser modelo para ninguém, entendeu? Não é porque eu me acho melhor, nem pior. Tem tanta gente querendo te falar o que você tem que fazer, quem você deve ser, como você deve agir. Quem sou eu? Se o público quiser me colocar no lugar de galã, está tudo bem. Mas eu, como ator, vou sempre lutar para interpretar os mais diferentes personagens possíveis. Hoje, na TV, de fato, o público está me enxergando como o cara sensível, o cara humano, romântico. Acho um lugar ótimo. Mas, se no próximo trabalho eu estiver fazendo um filho da mãe, um insensível, um maldito, eu vou amar também!
Onde você enxerga suas semelhanças com o Edu?
Ele era um cara muito responsável. Eu, por ter começado a trabalhar muito cedo, isso me trouxe uma responsabilidade diferente, de entender o que é o trabalho, o que é colocar dinheiro em casa, o que é estar com uma equipe de 200 pessoas que depende de você ser um bom profissional. Como o Edu, também sou romântico... Nem está muito na moda, né? Eu tenho isso, sou namorador na maior parte da minha vida, desde que comecei minha vida afetiva e sexual. Agora estou solteiríssimo! Mas namorei a maior parte do tempo.
A novela trouxe importantes discussões sobre racismo e inclusão. Como foi fazer parte de um produto atento a todas essas questões?
A gente chama a nossa novela de uma fabulação crítica. A nossa questão é 'que bonito seria se lá naquela época a gente estivesse conquistando esse tipo de lugar'. Para mim, Caio, como um cara branco, de 25 anos, que já trabalha há um tempo, ligar hoje a TV e ver a Duda Santos, a Bella Campos, a Clara Moneke sendo protagonistas me emociona. E não só por serem minhas amigas, mas por saber o que elas representam. E a verdade é que, sendo sincero, nós, homens, brancos, cis, héteros, continuamos tendo muito espaço. Não tem como reclamar. Mas é bonito ver que esse espaço está se diversificando, que está trazendo pessoas com talento e que vão acrescentar para a arte. São incríveis. Só posso ficar feliz e emocionado de ver todas as pessoas que admiro e amo na TV.
Como lida com o assédio nas redes, é muito atormentado?
Me atormentam no bom sentido! Eu não consigo ficar bolado com assédio, com a galera pedindo foto. Não consigo ficar triste, porque a gente trabalha para isso, para ser reconhecido. Para satisfazer as nossas necessidades artísticas, a nossa vontade de viver essas outras vidas. Mas não é só para mim. Quando eu coloco um personagem no mundo, é para os outros. Então, eu acho maravilhoso que me reconheçam. É o sinal de que deu certo. Tem o Jurídico Kael, um fã-clube que vem desde Vai na Fé. Eles sabem o meu aniversário, da minha mãe, do meu pai. É um coisa inacreditável. Lido bem com isso.
E quais os próximos passos agora que a novela chegou ao fim?
Não pretendo descansar. Não posso dar certeza de nada ainda, mas eu tenho alguns projetos que estão em vista, que não dependem só de mim. Se tudo der certo, eu emendo no teatro, o que me deixa muito feliz. Depois de fazer uma novela durante dez meses, acho que é uma coisa que te recicla, sabe? Como ator, para a alma é bom.
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