Em entrevista à CARAS, Regiane Alves comemorou a campanha feita pela comunidade LGBTQIA+ por beijo entre personagens
Destaque na novela Vai na Fé, a atriz Regiane Alves (44) tem comemorado a repercussão positiva de seu trabalho diante do público da TV Globo. Em entrevista à revista CARAS, a famosa comentou sobre a censura do beijo gay protagonizado por sua personagem e como o público ajudou na representatividade LGBTQIA+.
Na época, a emissora carioca preferiu dispensar a troca de carinho entre as personagens Clara e Helena, gerando uma onda de críticas intensas. O barulho foi tão grande, que a produção precisou rapidamente correr atrás do prejuízo.
"A gente gravou vários beijos que tinham sido cortados, estávamos quase desistindo. Fiquei frustrada? Claro que fiquei. Mas eu dei a volta por cima. Represento uma comunidade, devo muito a eles", revelou.
A artista ainda relembrou como foi o clima nos bastidores da produção no dia que elas gravaram finalmente a primeira cena do beijo que iria ao ar. "Um dia, nos disseram para gravar de novo, a cena estava roteirizada. Tinha muita gente no estúdio para acompanhar, parecia a final da Copa do Mundo. Gerou expectativa", disse.
"A Pri é uma ótima parceira de cena, ela é precisa, é dedicada. Queremos sempre fazer de forma orgânica, foi uma cena muito delicada. Foi uma vitória quando foi ao ar. Não tem como fingir que não existe", completou.
Regiane defendeu a representatividade da comunidade LGBTQIA+ na televisão brasileira e garantiu que chegou a hora de todos serem protagonistas. "Sempre explico para os meus filhos que precisamos respeitar. Os meios de comunicação deveriam, por obrigação, representar o brasileiro. Vai na Fé tem protagonistas negros. Isso é um avanço, temos que naturalizar".
A atriz, que também está no ar na reprise de Mulheres Apaixonadas, afirmou que é um dever das produções exibirem mais diversidade. "Estamos em 2023, faz parte da sociedade, sim! Eu e a Priscila compramos a causa. É uma forma de amor. O amor tem que ser dito, não deve ser privado", declarou.
Madura e segura de sua sexualidade, Regiane revelou que nunca se relacionou com outra mulher, como sua personagem, e reafirmou a importância de se respeitar a intimidade de cada pessoa.
"Acho que qualquer história de amor vale desde que haja desejo e vontade de ambas as partes. Nunca tive uma história de amor com outra mulher, e acho bom lembrar que o que o outro faz na intimidade deve ser respeitado".
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