Ana Hikari ainda contou sobre sua experiência como a personagem e sobre representatividade amarela na televisão
Nesta sexta-feira, 27, chega ao fim a novela Quanto Mais Vida Melhor. E a atriz Ana Hikari (27) que interpreta a personagem Vanda, falou com a CARAS Digital sobre o final da obra.
A atriz comentou sobre a jornada que sua personagem teve até chegar na etapa final do folhetim televisivo. “A Vanda tem um lugar que ela cresce muito ao longo da novela, todas as questões dela com todo mundo que aparece na trama é porque ela é uma mulher que se posiciona, não fica quieta”, disse Ana.
Natural de São Paulo, a intérprete da novela das 19h contou sobre sua relação com Vanda. “Eu me identifico muito nessa questão de ser uma mulher forte que se posiciona, que fala o que quer”, revelou.
Ana ainda contou que em sua pesquisa para interpretar a personagem de Mauro Wilson, ao descobrir que Vanda trabalhava com música na noite, se lembrou de sua história de vida. “Eu já trabalhei na noite, por exemplo, eu trabalhava muito em balada e em festa no bar. Trabalhei muito tempo como bartender”, contou a atriz.
Sendo a primeira atriz de descendência asiática a protagonizar uma novela da Rede Globo, Ana se posicionou sobre a representatividade amarela na televisão brasileira. “Acho que é um cenário um pouco triste. Primeiro, o país ainda não tem consciência que a identidade amarela é uma identidade pertencente ao Brasil. Dentro do censo demográfico, ser amarelo é uma identificação racial que existe, só que as pessoas não entendem que isso é uma identidade brasileira. E por conta disso, as pessoas não enxergam a necessidade dessa representatividade”, disse Ana.
A estrela Malhação Viva a diferença também relembrou alguns casos como dos atores Ken Kaneco e Jui Huang, que trabalhou em As Five com a atriz, que foram substituídos por protagonistas brancos e relembrou sua experiência: “Eu senti na minha vida, na minha carreira a falta de oportunidade que eu tenho de testes”.
Sobre o seriado As Five, Ana contou que sobre a relação que tem com as outras protagonistas do programa. “A gente se acolhia muito. E é uma coisa muito maluca, porque só quem é protagonista sabe o que a gente passa, é uma levada muito puxada. E foi muito bonito ver que eu podia olhar no set de gravação, olhar para o lado e ver que elas estavam ali”, contou a atriz.