Em entrevista à CARAS, Pedro Sampaio desabafou sobre maturidade e importância da visibilidade bissexual
O cantor Pedro Sampaio (25) deixou muita gente surpresa ao revelar em março deste ano fazer parte da comunidade LGBTQIAP+. Em entrevista à revista CARAS, o artista confessou que escondeu sua sexualidade do público por não se achar maduro o suficiente para abrir sua intimidade.
"Eu comecei a minha carreira muito novo, comecei a tocar com 14 anos e com 17 estava fazendo show. Estava em um processo de amadurecimento como ser humano e como artista também", contou o artista, que falou pela primeira vez sobre ser bissexual no palco do Festival Lollapalooza.
Segundo Pedro, lidar com sua sexualidade publicamente era algo que também demandou calma e segurança, visto que também teria que abordar o assunto dentro da família:
"Acho que esse foi um momento em que eu me senti, de fato, maduro o suficiente para falar sobre esse assunto. Estava resolvido também como pessoa, dentro da minha própria família, eu senti que era a hora certa", declarou.
O funkeiro, que recentemente realizou turnê pela Europa, revelou que seu posicionamento foi importante para empoderar seus admiradores. "Nessa turnê, depois dos shows, eu atendia muitos fãs e um deles me falou: ‘Sua coragem me deu coragem para me assumir para a minha família’. Me arrepia só de lembrar! Esses momentos são além da música, são além de qualquer conexão que a gente possa imaginar, é uma coisa muito mais intensa", disse.
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Mesmo discreto, Pedro sente que é importante usar sua voz para falar abertamente sobre a bissexualidade, que ainda hoje é alvo de preconceito dentro e fora da comunidade LGBTQIAP+.
"A visibilidade bissexual é um assunto interessante a ser debatido, porque muitas pessoas descredibilizam isso, acham que são pessoas que estão em dúvida, que não sabem o que querem. Começam as apostas também de ‘Ah, ele é isso, ele não é isso’. E não é por aí, sabe? É uma coisa precisa ser respeitada, pois existe sofrimento no processo de descoberta", afirmou.
"O principal é a comunidade estar unida, para um dar a mão para o outro e a gente normalizar isso, mostrar que é normal, lutar contra o preconceito mesmo. Existem vários quebra-molas no meio dessa estrada, mas nesse período eu só senti amor mesmo", finalizou.