O diretor global fala do momento delicado e diz que filhos renovam olhar para a vida
À frente da novela global Sete Vidas, grande sucesso do horário das 6, o diretorJayme Monjardim (59) tem na família e no trabalho uma oportunidade de renovação e transformações constantes. Casado há oito anos com a cantora Tânia Mara (32), foi, principalmente após o nascimento da caçula, Maysa (4) — ele ainda é pai do atorJayme Matarazzo (29), no ar na mesma trama, de Maria Fernanda Monjardim (27) e André Matarazzo (16), de relações anteriores —, que Jayme encontrou um motivo diferente para viver e enfrentar os percalços da vida.
E é com coragem e força que ele se recupera, atualmente, de uma cirurgia para a retirada de um câncer da próstata. Por ter sido descoberto ainda no início, o diretor não precisou se submeter a outro tratamento, como radio ou quimioterapia. “Foram dias difíceis, mas estou com apenas um corte. Me sinto bem”, afirmou ele. Na Ilha de CARAS, em Angra dos Reis, o aclamado diretor global falou ainda sobre o trabalho e a família.
Você passou por um momento difícil recentemente. Como está a sua saúde?
Fiz uma cirurgia na próstata para a retirada de um câncer. Claro que foi algo difícil por ser uma cirurgia grande, mas estou bem. Foi descoberto no começo e fiquei uma semana em casa.
Você já tem filhos adultos. Ter uma criança em casa é algo que renova o olhar?
Filho muda muito a gente, nos faz repensar as coisas. Você tem um motivo diferente para viver, para sobreviver e ver a vida de forma diferente. A Maysa renovou meu passaporte como pai.
Acha que Maysa também vai seguir carreira artística?
A Maysinha já dá show, às vezes ela imita o Michael Jackson, interpreta em vários momentos, é um talento nato!
Ter alguns deles já encaminhados traz satisfação?
Sim, mas acho que dá uma sensação de que a cada dia mais eu tenho que me aprimorar, olhar e entender o futuro, para continuar trabalhando e dando a eles sempre o melhor. Quando terminar essa novela, quero continuar trabalhando, estudando... Tem tanta coisa que ainda vem por aí que a gente nunca pode achar que já atingiu o máximo. Nosso trabalho tem de ser assim, sempre pensando em um recomeço.
Essa é a segunda vez que você trabalha com o Jayminho. Como foi esse reencontro?
Ele fez o primeiro papel da vida em Maysa, minissérie que dirigi em 2009, sobre a vida da minha mãe, e percebi ali um grande talento. Depois disso, seguiu na carreira sozinho e fez novelas com vários diretores, sem depender de mim para nada. Ele conquistou seu espaço e voltou já pronto nesta novela. Fico orgulhoso, porque vejo a dedicação dele e sei que ser protagonista não é algo fácil.
A trama tem recebido vários elogios do público.
A novela é um grande gol e veio em um momento incrível, em que a família quer ver na TV as relações, os sentimentos à flor da pele. Montamos um supertime e tudo isso conspirou a favor.
Já tem algum trabalho em vista após Sete Vidas?
Gostaria de retomar algo no cinema. A gente começa a ficar mais seletivo à medida que a idade passa, em que vamos fazendo alguns trabalhos. Então, prefiro esperar um pouquinho e ver o que que vai acontecer.