Premiada no cinema, estreia na TVs
Ela é cria do cinema e, apesar dos 19 anos, já ostenta até prêmio internacional por sua atuação no filme Mate-me Por Favor, em 2015, no Festival de Veneza. Mas na TV, a atriz Valentina Herszage vive sua grande estreia. Como a adolescente Bebeth na nova novela das 7, Pega Pega, ela está descobrindo o poder do veículo. “Minha mãe, Mô nica, quase chorou no dia da apresentação do elenco”, entrega a atriz, na Ilha de CARAS. Ao lado de Mateus Solano (36), que interpreta seu pai, a carioca também divide a cena com um amigo imaginário, um canguru que ganha vida graças a efeitos especiais. “Para fazer uma cena tem desdobramento por causa do boneco. É um exercício de paciência e de concentração”, conta. Enquanto descortina os segredos por trás da câmeras, Valentina já percebeu também as mudanças que a TV tem promovido em sua vida particular. Embora tenha começado a fazer cursos ligados às artes ainda aos 6 anos, ela sempre viveu como qualquer menina de sua idade, mas no momento... “Estou gravando bastante e acabo ficando com apenas um dia na semana para sair, ir à festas. Não namoro. Fica difícil”, pondera ela, que, como gosta de dizer, ‘está amando’ o novo trabalho.
– É mais difícil atuar na TV?
– A televisão é mais técnica. As cenas todas têm que casar. Tem ali uma história que vai se desdobrando. O processo do ator, porém, continua o mesmo. É preciso construir seu personagem.
– Como está se sentindo com a estreia?
– Estou muito animada. Não imaginava o que seria. Estava ansiosa. Descobri que ia fazer a novela em outubro do ano passado e comecei a preparação em janeiro. Realmente é muito diferente. Gosto desses personagens que têm traços esquisitos e, ao mesmo tempo, são muito humanos. As pessoas vão se identificar.
– Bebeth tem uma personalidade mais rebelde. E você? É mais romântica?
– Sou bastante. Adoro surpreender o outro e ser surpreendida. Pequenas coisas que fazemos para demostrar afeto e carinho já valem muito dentro de uma relação. Eu sempre gosto de deixar claro para a pessoa o quanto ela é especial, existem muitas maneiras de se fazer isso. O romantismo no ponto certo é, para mim, não só o melhor caminho, como o mais gostoso de viver com alguém.
– Já teve amigo imaginário?
– Quando criança, dava aula para os meus bonecos. Era professora. Cada um deles tinha nome e eu falava com eles.
– Como a personagem chegou até você?
– Depois do filme, fui chamada para fazer teste para Pega Pega. Fiz o primeiro e passei de fase. Foram três dias de workshop comigo e mais cinco meninas e meninos. Em seguida, me chamaram para mais um teste com Jaffar Bambirra, que é meu par. E aí acabou rolando.
– Se preocupa com a boa forma, já que o vídeo engorda?
– Com certeza. Mas na minha casa nos alimentamos superbem. Como muita salada. A gente vê filme comendo cenoura, juro por Deus. Já tenho essa educação desde pequena. Às vezes, me rendo ao doce. Tem que ser feliz!
– Como sua família tem reagido com sua primeira novela?
– Eles estão muito felizes. Querem saber tudo. O que gravei hoje, como é fulano. Levei minha mãe na coletiva de imprensa. Ela quase chorou. Conheceu os atores de Pega Pega como o Mateus, a Mariana Santos... Não sei como a personagem vai acontecer, mas eles estão contentes, assim como eu.
– Quando perceberam que você tinha talento para a atuação?
– Meus pais não trabalham diretamente com arte, mas sempre assistiram bastante a teatro, cinema, muita TV. Eles eram antenados nesta questão artística. E, quando era pequena, já adorava câmera. Meus pais também gostavam de fazer filmes em casa, eu aparecia e cantava.
– É uma nova fase em sua vida profissional. Como define?
– Muito autoconhecimento e muita surpresa, realmente. É o que quero fazer para o resto da minha vida.