ELA FESTEJA RECONHECIMENTO NA VILLA DE CARAS A UMA ATUAÇÃO COMPLEXA E SEXY
Redação Publicado em 20/08/2008, às 16h05
por Luciana Marques
Em 2006, quando foi convidada para viver Camila, a complexa protagonista do longa Nome Próprio, Leandra Leal (25) não titubeou em aceitar o convite do diretor Murilo Salles (57). "Li o roteiro e pensei: 'quero enfrentar essa prova'. Sabia que seria difícil, mas gosto de me desafiar", contou ela. A constatação de que passou com nota máxima veio no sábado, 16, quando foi eleita Melhor Atriz do 36º Festival de Cinema de Gramado. "Ganhar um prêmio por fazer o que mais gosto é uma extrema felicidade", declarou ela. Em visita à Villa de CARAS, Leandra falou sobre o polêmico papel em Nome Próprio, o de uma jovem complicada que se joga na bebedeira. E o desafio não está só nisso. A atriz aparece em quase todo o filme só de calcinha ou nua. Na entrevista, ela conta ainda sobre a relação de cinco anos com o músico Lirinha (31).
- No filme você vem sendo vista como um símbolo sexual. O que acha disso?
- Não me vejo sexy. Na minha vida pessoal, me sinto uma mulher normal. Mas sirvo a trabalhos. Me impressiona que em 2008 as pessoas ainda se choquem com nudez.
- Foi difícil fazer as cenas?
- Se tivesse algum problema com isso, não teria aceito o papel. O filme tem uma proposta, de flagrar a intimidade da personagem. E fala dessa claustrofobia, do mundo interior dela, o tempo inteiro no apartamento. É o flagrante de uma pessoa normal em seu dia-adia. E quebra estereótipos. Não é uma nudez gatinha. É natural. E isso também me seduziu, ainda mais quando todo mundo fala em padrões de beleza. Ela aparece só de calcinha, camisa, nua, porque é assim que muitas pessoas ficam em suas casas. Eu sou assim.
- Mas não há como negar que você está bem. Emagreceu?
- Tive há pouco tempo um problema no joelho. Então comecei a fazer fisioterapia, musculação e alguns exercícios aeróbicos para fortalecer a musculatura. Também ando de bicicleta. Mas não tenho a mínima idéia de quantos quilos perdi. Parei com esse negócio de balança, vejo mais pelas roupas.
- Camila é complexa. Se identifica em algo com ela?
- Ela é intensa, vive num limite. Tenho fases de intensidade, de entrega. Toda a mulher passa por isso, por amor ou trabalho. Posso dizer que me identifico, não com a personalidade, mas com vários momentos do personagem.
- Algum em especial?
- Na cena em que ela faz uma faxina, desesperada, logo após se separar do marido. Uma vez eu também fiz. Não como ela. Mas já tive momentos de terminar um relacionamento, de sofrer muito e de fazer essa faxina.
- Você está na novela Ciranda de Pedra, dirige a peça Mercadorias e Futuro e aguarda o lançamento dos longas Bonitinha, Mas Ordinária e Se Nada Mais Der Certo. E tempo para a casa, marido...
- Não sou dona-de-casa. Até gosto, mas não tenho tempo. Algumas pessoas me ajudam. Mas para namorar, sempre arranjamos tempo. Eu e Lirinha gostamos de viajar, acompanho ele nos shows. Adoramos conhecer lugares, aí dá para namorar bastante.
- São cinco anos de relação. Vão oficializar a união?
- E precisa?
FOTOS: Martin Gurfein e Cleiby Trevisan
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