Julianne Trevisol expõe sua natureza e alça novos voos
As unhas pintadas com esmalte roxo, os anéis de caveira e o corte desestruturado do cabelo refletem a personalidade descolada de Julianne Trevisol (28). No entanto, apesar do estilo “moderninho”, a atriz se revela uma mulher à moda antiga. “Gosto de ganhar flores, quem é mais próximo de mim sabe disso. Sou essa misturinha. Tenho temperamento forte, sim, mas sem perder o romantismo”, define-se, com um sorriso tímido. O processo de autoavaliação vem levando Julianne, que até abril esteve no ar em Vidas em Jogo, da Record, a outras conquistas. O jeito reservado, por exemplo, não impede mais que ela expresse sua meiguice. “Prezo os valores de quem tenta me conquistar como amiga ou namorada. Sou muito mais emoção do que razão. Estou tentando harmonizar isso”, entrega, na Ilha de CARAS. A busca pelo equilíbrio faz com que ela encare sem dramas o fato de estar solteira há um ano, após o fim do namoro de oito meses com o produtor musical Clemente Magalhães (37). “É importante dar um tempo, tanto na vida pessoal quanto profissional. Acredito que a maturidade nos faz desacelerar”, assegura. E, apesar de não estar à procura de um novo amor, tem em mente o perfil de um futuro pretendente. “Prefiro os esquisitos (risos), sempre fui assim. É engraçado porque no meio da multidão cismo com um cara e engato uma amizade. Isso até pode virar uma relação mais séria, ou não”, diverte-se.
– Já sofreu por ser emotiva?
– Não tenho nenhum trauma do passado. Uma pessoa precisa ter vivências e eu tive as minhas. Acontece que, com a proximidade dos 30 anos, me tornei um pouco mais racional.
– É o amadurecimento...
– Até uns 26 anos, a gente fica muito ansiosa com a vida. Quer fazer tudo ao mesmo tempo. Agora, a cabeça continua com um turbilhão de informação, mas com clareza para se organizar e ter momentos de reflexões.
– Faz isso sozinha?
– Não sou uma pessoa que fica muito só. Tenho sempre uma boa companhia para tomar um bom vinho e trocar ideias. Seja com um amigo ou com alguém da família. Mas, quando atravesso um momento de introspecção, gosto de contemplar o mar ou uma cachoeira, sempre ao lado do meu cachorro, Zouk. Me permito tirar um dia para não fazer nada.
– Com esse jeito zen, o que tira você do sério?
– Gosto de gente honesta. O contrário me deixa extremamente aborrecida. Esse senso de ética, de justiça, vem da minha família.
– Como foi sua criação?
– A família é a minha vida. Minha mãe, Iara, sempre está comigo. Tive uma criação muito pé no chão, nunca faltou amor, carinho, respeito e confiança. Somos melhores amigas, eu, ela e a minha irmã mais velha, Janaina. As duas sempre me incentivam, seja nos estudos ou nos trabalhos. Em junho, por exemplo, embarco para Madri, onde farei um curso na minha área. Elas me apoiam.
– O fato de também ser dançarina faz com que esteja sempre em contato com a música. O que gosta de ouvir?
– Realmente, sou muito musical. Grande parte da minha diversão tem ligação com isso. Adoro canções brasileiras, francesas... Nos últimos tempos, andei ouvindo bastante Maria Gadú.
– Após um ano e meio dedicado a Vidas em Jogo, conseguiu voltar a dançar?
– Retomei a dança de salão. Também quero voltar a fazer jazz.
– É como mantém a forma?
– Faço ainda um treinamento funcional que mistura aeróbicos e musculação. Sempre tive um biótipo mais magro, estou com 48kg em 1,67m. Mas o importante, mesmo, é fazer exercícios e ter uma alimentação regrada.