Na Ilha de CARAS, a estrela da nova geração fala sobre amor e sonhos: 'Não vim parar aqui à toa'
Redação Publicado em 04/04/2011, às 16h22 - Atualizado em 07/06/2012, às 23h25
Por trás do sorriso meigo e do jeito de "menina moleca" de Ísis Valverde (24) existe uma mulher em constante busca pelo autoconhecimento. Tanto que ao tentar se definir, a atriz, uma das mais requisitadas da nova geração e também do mercado publicitário, fica um tempo em silêncio antes de responder. "Cada dia descubro algo novo. Sou como o amor, uma criatura em desenvolvimento, que nasce e renasce o tempo todo. Uma hora estou madura, outra, criança", diz ela, na Ilha de CARAS, após sucesso como a Marcela em Ti Ti Ti. "Tem gente que vai dizer: 'por que ela está filosofando o tempo todo?'Não estou. Só falo o que penso" , explica ela, que faz aulas de psicologia e filosofia. "É para os personagens e para a minha vida", conta. Em meio ao bate-papo, ela se mostra também uma jovem determinada a vencer os objetivos. Essa força já a guiou em momentos decisivos, como quando deixou Minas Gerais, aos 18 anos, para seguir a carreira de atriz no Rio. "Diziam que eu era louca. Banquei isso, porque sou assim. Tenho meu ponto de vista e insisto no que acredito", afirma ela, que rompeu, em março, noivado com o empresário Luis Felipe Reif (33), com quem se relacionou por cerca de um ano.
Em relação aos rumores sobre suposto affaire com o ex-colega de elenco Caio Castro (22), ela desmente. "Estou solteira", diz Ísis, que atualmente se dedica às filmagens de Faroeste Caboclo, em Brasília, longa inspirado na canção homônima da banda Legião Urbana.
- O que é o amor para você?
- Uma descoberta constante. Ora tem seu ápice e, de repente, uma queda grande. Achava que a paixão era o amor ou vice-versa. Até hoje não consegui saber a diferença. Você pode estar apaixonada pelo seu amor. Então, para mim, ele é uma fênix, que renasce toda hora das cinzas.
- Sua trajetória até o sucesso também é de altos e baixos. É verdade que, após a mudança para o Rio, seu pai lhe deu um prazo para voltar para casa, em Minas?
- Ele queria que eu estudasse medicina. Não desejava que a única filha fosse simplesmente tentar uma carreira sólida de atriz. Então, disse: 'Filha, você tem um ano para correr atrás. Eu ajudo. Depois, volta'. E o meu desespero? É teste pra cá, pra lá. Até que retornei para casa. Mas aí logo me chamaram para o teste da Ana do Véu, em Sinhá Moça. Venci 30 meninas. Hoje meu pai se orgulha. Acredita que os sonhos são possíveis. Lógico que quebrei a cara, ralei, morei em um quartinho alugado. Cheguei mesmo a pensar em desistir.
- O que a levou a prosseguir?
- Acredito em coisas premeditadas. Não vim parar aqui à toa. Senti isso quando cheguei ao Rio. Eu pensava, ainda vou viver nessa cidade. E foi tudo doido. Não procurei a Globo, eles viram meu trabalho no teatro e me chamaram.
- Desde o sucesso da Rakelli, em Beleza Pura (2008), você passou a ser musa...
- Nem me acho essas coisas. Me sinto normal. Não gosto de rótulos. As coisas mudam, o mundo gira, a gente envelhece.
- Mudaria algo em seu corpo?
- Eu me curto. Acho que tem que se aceitar. Quando era mais nova, tinha problema porque achava que meus seios não eram tão grandes como os das minhas amigas. Botava sutiã com enchimento. Depois relaxei. Acho que a mulher tem que procurar a beleza nela. Se a gente não se amar, quem vai?
- Aonde pretende chegar?
- Sabe quando a gente vê o mar sem fim? Quero ir por aquele horizonte afora. A vida é uma caminhada. A secretária lá de casa, a Zezé, me falou algo que não esqueço. Ela nunca fez faculdade, é uma pessoa simples. Um dia eu estava reclamando de algo, como qualquer ser humano. Ela virou e disse: 'Ísis, se você acordar todos os dias com sua vida perfeita, sem problemas, que graça vai ter?' Não foi Clarice Lispector falando comigo ou Freud. Então, o horizonte do mar é o meu limite. Quero desbravar, aprender a cada dia.
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