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Germano Pereira concilia mente e corpo saudáveis

O catarinense, que participou de Passione e cursou filosofia, enumera suas diversas facetas

Redação Publicado em 21/03/2011, às 18h21

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O ator levanta o caiaque e exibe a boa forma. - CAIO GUIMARÃES
O ator levanta o caiaque e exibe a boa forma. - CAIO GUIMARÃES
A famosa citação latina "mens sana in corpore sano", que significa "uma mente sã num corpo são" - derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal, nascido entre 55 e 60 d.C. -, se encaixa perfeitamente na filosofia de vida de Germano Pereira (30). O ator, que é natural de Santa Catarina e estreou na Globo em Passione, de Silvio de Abreu (68), encerrada em janeiro, cultiva os hábitos da escrita e da leitura. Mais do que um hobby, ele buscou aperfeiçoamento cursando Filosofia na USP. Já a boa forma é resultado de uma atividade iniciada na infância: a prática do judô desde os cinco anos. "Fui campeão brasileiro da modalidade quando pequeno. A luta, que significa 'caminho suave', me ensinou a ter concentração e boa respiração, o que é fundamental na profissão de ator", garante ele. E na carreira, o ator também já coleciona trunfos. E orgulha-se do sucesso de seu personagem em Passione, o camponês Adamo, filho de Totó, interpretado por Tony Ramos (62). Agora, Germano confessa que espera, ansioso, por uma nova oportunidade. O que não quer dizer que não viva uma boa fase profissional. Pode ser visto no cinema, numa participação ao lado de Deborah Secco (31) em Bruna Surfistinha, e está em turnê pelo Brasil com a peça Fica Frio, com Kayky Brito (21). - Como foi a sua atuação em Bruna Surfistinha? - Foi uma aparição de luxo, como Alfred Hitchcock em seus filmes. (risos) O legal é que passando pela Praça Roosevelt, em São Paulo, recebi apoio de garotas de programa. Então, o papel teve mesmo repercussão, não é? (risos) - Com o fim de Passione, você resolveu mudar o visual? - Só diminuí a barba. Em cena, eu usava roupas grandes e pesadas, parecia um gorducho. As pessoas não acreditam que sou sarado. - Como mantém a forma? - Corro, faço musculação e natação. Consigo manter 76 kg, que é bom para o meu 1,78m. - Você acha que ser ruivo é um diferencial para a carreira? - Na escola me chamavam de ferrugem, eu odiava, e hoje estou clareando as minhas sardas. Mas... Parando para pensar, não lembro de nenhum galã ruivo em novelas, então isso me favorece. Estou aí para ser o primeiro, quem sabe? - E a escrita, como se manifesta na sua vida? - Já lancei três livos. O último foi durante Passione e chama-se Os Satyros, sobre os 20 anos dessa companhia de teatro. Escrevi o musical Adoniran Barbosa, que está na fase de captação de patrocínio e terá a atriz Eva Wilma (77) no elenco. Sonho levar a carreira de roteirista em paralelo com a de ator. - Como anda a vida pessoal? - Se estruturando. Eu tive um namoro de quatro anos que termi nou porque eu não soube administrar a questão da fama. Ela, mesmo sendo atriz de teatro, não segurou a onda e eu ainda não aprendi a lidar com o assédio feminino. Achava que existia uma fórmula harmoniosa para conviver com tudo isso, mas estava enganado. Estou solteiro, mas curtindo um affaire com uma publicitária, não quero revelar o nome ainda, seria precoce. Preciso ter muita calma para entender os caminhos da vida na profissão.