Antonio Calloni diz na Ilha como vence as dificuldades e investe na harmonia
O ator Antonio Calloni (50) e a assessora de imprensa Ilse Rodrigues Garro (51) vão comemorar 20 anos de união no próximo ano. Apesar de ter um dos casamentos mais longevos entre os atores de sua geração, ele prefere não alimentar a imagem de um casal perfeito. “As pessoas têm a ilusão de que na família de um ator famoso tudo é maravilhoso. É legal frisar que não é assim. Seria mentira nos apresentar como quem vive em um mar de rosas. Ilse continua me ensinando e me acrescentando coisas, não tenho como ficar sem ela. Mas essa não é a única realidade. Existe a dificuldade, o conflito. É legal saber lidar com vitórias e frustrações e ter a vontade de permanecer juntos”, ensinou, na Ilha de CARAS, na companhia ainda do filho, Pedro Calloni (17), baterista das bandas Le Raleh e Paulo Camões e os Lusíadas, e da namorada do rapaz, Isabel Estides (17). O ator também não tem queixas da profissão e de sua trajetória de 26 anos na TV, onde seu mais recente trabalho, o remake de O Astro, foi exibido até outubro. “Não destaco nenhum personagem especial em minha carreira, porque todos foram diferentes e estimulantes”, avisou ele, já reservado para Salve Jorge, novela de Glória Perez (64) que deve ser exibida no fim do ano. “Fiquei feliz quando ela me ligou. Ainda não sei detalhes, mas estou tranquilo, fiz trabalhos maravilhosos com Gloria em novelas como O Clone e Caminho das Índias”, relembrou. Além da atuação, Calloni se realiza também na literatura. Desde sua primeira obra editada, Os Infantesde Dezembro, de 1999, ele já soma oito livros. Sendo que o último, João Maior do que Um Cavalo e Maria Menor do que Um Burro, do ano passado, foi o primeiro em parceria com o filho e a mulher. “Em 2006, comecei a contar uma história para o Pedro durante uma viagem de carro. Tínhamos esse hábito quando ele era pequeno. Cada um falava uma frase e ríamos. Então, sugeri que escrevêssemos algo. Aí juntamos tudo, fomos burilando e terminamos em 2008. Não considero um trabalho, foi um prazer em família”, contou. Durante a temporada na Ilha, o ator e Ilse elogiaram a decoração, que faz uma homenagem à França. O país remete a uma fase especial do casal. “Nossa lua de mel foi tardia, Pedro já estava com quatro anos. Passamos em Paris e foi maravilhoso”, lembrou Ilse. “Ficamos ainda mais apaixonados lá”, complementou ele.
– O que cada um de vocês acrescentou ao outro?
Ilse – A vida não é bela, mas pode ficar na maior parte do tempo se você tem amor, companheirismo, vontade. Quando começamos, éramos bem diferentes. Não pensávamos em ficar com o outro para sempre, íamos vivendo. Olhando para trás, o saldo é positivo. Sou mais feliz hoje. Prezamos o convívio familiar, gostamos de ficar e fazer as coisas juntos. Com ele me equilibro melhor.
Calloni – É ótimo ter um porto seguro. Não sou mais adolescente, tenho 50 anos, quero a tranquilidade e o amor junto com a Ilse.
– Vocês já pensam em netos?
Ilse – Eu não. Tinha 34 anos quando Pedro nasceu. Filho é legal, a vida muda, acabam as nights. Passamos a ficar na função da criança. Mas Pedro ainda tem muita estrada para curtir (risos). E não sinto falta de um bebê, até porque temos um afilhado maravilhoso.
Calloni – Eu estou louco para ser avô. Mas sei que ainda não é a hora. Pedro é jovem, precisa entender certas coisas antes de ser pai. Mas minha torcida é para que ele e Bel, que tem astral fantástico, fiquem juntos para o resto da vida.