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DOMINGOS OLIVEIRA E A JUVENTUDE

CINEASTA REVELA QUE PROCURA LEVAR A VIDA NO RITMO DE SEU LONGA

Redação Publicado em 29/08/2008, às 13h13

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Domingos brinda na Villa ao êxito de seu filme, que ganhou em Gramado quatro prêmios, entre eles Melhor Roteiro, com Marcia Zanelatto, entregue por Ingra Liberato.
Domingos brinda na Villa ao êxito de seu filme, que ganhou em Gramado quatro prêmios, entre eles Melhor Roteiro, com Marcia Zanelatto, entregue por Ingra Liberato.
por Carlos Lima Costa O filme Juventude, novo trabalho de Domingos Oliveira (71) - em que, além de dirigir e atuar, ele assina o roteiro e a trilha sonora - não chega a ser biográfico. Mas, para contar a história de três amigos que realizam um balanço de suas vidas, o consagrado cineasta mesclou ficção com fatos reais. A trama se passa 50 anos após os personagens encenarem no colégio a peça A Ceia dos Cardeais. E, para escrever o roteiro, Domingos levou em conta sua vivência pessoal e a de seus dois companheiros de cena, Paulo José (71) e Aderbal Freire-Filho (67). "Mas é um filme de imaginação", insiste. O longa estréia ainda este ano e teve a primeira exibição no 36º Festival de Cinema de Gramado, onde Domingos conquistou os prêmios de Melhor Diretor, Roteiro, Montagem e o Especial de Qualidade Artística. Bem-sucedido também na vida pessoal - é casado há 26 anos com a atriz Priscilla Rozenbaum (48) - , ele se orgulha por não parar. "Sempre tenho projetos e vivo em busca de dinheiro para realizá-los", diz o diretor, que está adaptando para o teatro o livro Elite da Tropa, de Luiz Eduardo Soares (54), André Batista e Rodrigo Pimentel, que inspirou o filme Tropa de Elite. - Após fazer o balanço de sua vida, a que conclusão chegou? - É o terror e a glória sempre. Sofre-se muito. Mas vale a pena. Sou otimista convicto. Tiro o melhor de cada momento, mesmo se estou deprimido. Vivo cada dia como sendo o último. E não poderia ter sido melhor, poucos arrependimentos. O maior foi não ter aprendido a sapatear. Não admito que ninguém diga que tem a vida mais feliz do que a minha. - O que o diverte fora do ambiente de cinema e teatro? - Poderia dizer 'nada', porque me divirto no trabalho. Mas é quase nada. Meus netos (Clara, 7, Laura, 5, Gabriel, 3, e Isabel,1, filhos da atriz Maria Mariana, 35). Às vezes, invento desculpa e fujo de compromissos só para ir ao cinema ver o Homem Aranha, algo assim. Gosto de jogar xadrez com quem joga mal, senão perco. Adoro ir a cassinos. Fico doido com bola de roleta. Mas Priscilla me controla, senão perco fortunas. - Qual o segredo da união? - Poderia dizer que ela é generosa, bonita, me ama, leva a sério o que digo. Mas isto é indefinível. O que uma boca ou olhos têm que outros não têm? Ninguém explica. Agora, não nego que ela é a mulher da minha vida. A amo profundamente. E, como qualquer um, de vez em quando temos vontade de separar. O casamento, às vezes, é asfixiante. Então, propomos ter um casamento aberto. Mas, na hora agá, não fazemos nada porque nos amamos. - O que gera estas crises? - Tem esse problema de trabalharmos e convivermos muito. E temos a necessidade de estar com outras pessoas. Por outro lado, é uma delícia trabalhar com minha mulher. E, após um dia exaustivo, chegar em casa com muita vontade de fazer amor. FOTOS: Liane Neves e Selmy Yassuda