Na Ilha de CARAS, top fala de superação e exalta relação com a menina
A top internacional Carol Francischini (27) surpreende por sua batalha dentro e fora das passarelas. Nascida em Valinhos, interior de São Paulo, ela tornou-se uma modelo bem-sucedida aos 14 anos e conseguiu sustentar a família, na ausência de seu pai.
Superada essa fase, a missão de Carol agora é criar sozinha a filha, Valentina (3). “Nada é muito fácil. Mas depois que fui mãe, as coisas melhoraram, por mais que as pessoas me olhem de outra maneira. Antes da chegada dela, estava em um momento disperso.Valentina me deu uma direção. É a minha razão de viver”, avalia a modelo.
Na Ilha de CARAS, Carol reencontrou a herdeira após oito dias sem vê-la. Por causa de uma viagem a trabalho, ela havia deixado a menina com sua mãe, Mariluce Capovilla (48), no interior de São Paulo. “Só fiquei sossegada porque sabia que as duas estavam juntas. Minha mãe é o meu braço direito, nunca tive babá. Prefiro não sacrificar a rotina da Valentina por causa da minha carreira”, pondera ela, matando a saudade da filha com beijos, abraços e brincadeiras na piscina e no jardim. Muito envolvida com a maternidade, Carol deixou a vida amorosa em segundo plano. Nos últimos três anos, ela confessa que só teve um namorado, mas nada que lhe tirasse o foco de Valentina. “Gosto de ficar sozinha, oportunidade aparece o tempo inteiro. É só esperar um pouco. Além disso, tenho mais coisas para fazer na minha vida do que ficar procurando namorado”, afirma.
Cada vez mais orgulhosa da herdeira, Carol conta que Valentina tornou-se uma figura agregadora da família. “Com certeza, ela nos uniu. Se alguém discute em casa, Valentina reclama e diz que ninguém pode brigar”, conta ela, destacando a personalidade forte, questionadora e bem-resolvida da menina. “Valentina não assimila uma figura paterna em sua vida, meu pai não convive com ela. Mas um dia desses, me perguntou se não tinha um papai e eu respondi que ela tem a gente. E imediatamete falou que tem uma vovó e uma mamãe que ama muito”, diz Carol.
Suas responsabilidades começaram muito cedo...
Minha família era super-humilde. Eu era o foco para a gente sair do buraco. Então, a oportunidade surgiu quando participei de um concurso. Mas trabalhava brincando. Na fase das bonecas, fui ser modelo. Quando tinha 17 anos, realmente comecei a sentir o peso da responsabilidade.
Houve uma razão?
Foi quando o meu pai saiu de casa e o peso das obrigações recaiu ainda mais sobre mim. Minha família foi sempre só de mulheres. Quer dizer, tem os meus irmãos gêmeos, Lucas e João Paulo, são sete anos mais novos do que eu. A nossa família é fora do comum. São eles que representam a figura masculina para a minha filha.
Sente-se uma guerreira?
Sou brava! Minha mãe é um exemplo, ela também é assim, passou por muitos maus bocados. Minha família inteira já sofreu um pouquinho. A Valentina salvou a vida de todo mundo e nos colocou para cima.
Pensa em ter mais filhos?
Eu quero! Para dar um irmãozinho a ela. Daqui a dois anos, terei. Lá em casa tem caso de gêmeos, provavelmente deve acontecer na geração da minha filha. Tenho chances de ser avó de dois bebês ao mesmo tempo. Coitada de mim, vou ter que cuidar... Estou brincando, adoro crianças! Vou amar ter netos.
Acha que Valentina seguirá seus passos profissionais?
Existe uma tendência. Quando ela pede para levá-la a uma sessão de fotos, fica bem encantada com as maquiagens. Acho engraçado, porque ela vê uma foto na rua e diz que sou eu, mesmo se for outra pessoa.
Imagina ter uma família nos moldes mais tradicionais?
Casar, casar, nunca pensei, não. Talvez morar junto. Sempre foquei em alguém que fosse um bom pai, e não necessariamente em um homem que viesse a passar o resto da vida ao meu lado.
Aos 14 anos de carreira, pensa em aposentadoria?
Ainda não. Ganhei muito dinheiro quando era muito nova. Boa parte disso investi na família. O que ficou foram os bens. Tenho minha casa, terreno... O plano B será ser sustentada pelos meus irmãos e eu ficar em casa, sendo apenas mãe. (risos)
Neste momento, como estão os trabalhos?
Não diminuíram, mas mudaram bastante os valores dos cachês. Claro que dá medo dessa instabilidade econômica. Quando estava grávida, fiquei mais preocupada ainda porque parei de trabalhar totalmente.