by Claudia Brassaroto
A trajetória de sucesso da CARAS foi explorada de uma forma diferente pela arquiteta Claudia Brassaroto (46) em seu bangalô 3. “Tentei colocar aqui a vida desta revista com o tempo, a luta. Afinal, chegar a mil edições não é para qualquer um”, ressaltou. Assim que os convidados entram no espaço, se deparam com 27 quadros com inúmeras matérias e capas antigas. Na barra das cortinas brancas, com detalhe em azul, ela criou uma espécie de revisteiro, onde foram colocadas edições originais. “Busquei as revistas em consultórios, escritórios, com os amigos. É por isso que vemos aqui algumas edições gastas, desbotadas, sujas, mas são aquelas vendidas mesmo na época”, explicou.
Em sua palheta de cores, muito azul-jeans, principalmente nas paredes, além do vermelho e branco visto em detalhes nos quadros e tecidos das almofadas. “Como o vermelho é muito forte para uma pessoa relaxar, dormir, usei o azul que é céu, é paz, esperança, além de ser um tom bastante visto também na revista”, disse. Muitas referências à praia são reproduzidas em tecidos e na luminária circular, que dá a ideia de um timão de barco. “Nos meus projetos pessoais uso muitas referências contemporâneas, mas acho que para uma ilha não daria certo uma arquitetura modernista. Por isso, preferi valorizar o próprio bangalô, esquecendo meu estilo”, avaliou. O mobiliário também segue essa linha descontraída, com cadeiras e mesas de pátina provençal e pés no estilo chipandelle. Na sala, se vê ainda uma luminária de acrílico para dar ‘a devida luz às mil edições’ e um espelho para contrastar com os quadros. “Quis ‘quebrar’ um pouco as fotos, dar uma limpeza na sala”, contou.
No quarto de solteiro, a mesma proposta de cores e a lembrança de reportagens de superação e dor, como as da luta de Hebe Camargo (1929-2012) e Reynaldo Gianecchini (40) contra o câncer, e o beijo de Barack Obama (51) em Michelle (48) ao conquistar seu primeiro mandato na presidência dos EUA. Os itens essenciais para o projeto de uma casa, segundo Brassaroto, são conforto, ergonomia, praticidade e harmonia. “Se for ambientar uma fazenda, é uma coisa, já praia é outra. E se for um lugar onde a pessoa vive todo o dia, tem diferença também. Uma ilha é sinônimo de lazer. Então, quis trazer esperança, vida e alegria para o bangalô. Desejo que as pessoas se sintam realmente felizes aqui. É mais ou menos como eu sou, tiro da tristeza a alegria, da dificuldade, a felicidade. E vejo isso muito em CARAS, que mostra para milhares de pessoas trajetórias de sucesso e acaba sendo um alento para muitos que ainda estão em busca de seus sonhos ”, ensinou.