ATRIZ LISTA SUAS PAIXÕES E CONTA COMO MANTÉM RITMO FRENÉTICO DE TRABALHO, NO CINEMA, TEATRO E NA TV
Redação Publicado em 27/09/2007, às 15h05
Exercício físico, confiança no marido e disciplina compõem a fórmula que a atriz Marília Pêra (64) considera básica para manter o ritmo frenético de trabalho. A diva, que começou a atuar aos quatro anos, celebra 60 anos de carreira com a agenda mais atribulada do que nunca. Com 20 novelas no currículo, Marília se aquece para estrear Duas Caras, a próxima trama das 8 da Globo, que vai ao ar em 1o de outubro. Também neste semestre estará dirigindo a remontagem da peça Doce Deleite, que protagonizou em 1981 ao lado de Marco Nanini (58). "Adoro trabalhar e, para conseguir energia, me exercito muito. Ando rapidamente cerca de dez quilômetros na Lagoa, no Rio, onde moro, ou na orla", explicou ela, em forma com 49 quilos distribuídos em 1m63. "Também tenho uma qualidade essencial para esta profissão, que é a disciplina", completou a atriz, que aguarda patrocínio para o acabamento e distribuição do longa Embarque Imediato, de Allan Fiterman (35).
Mas a vida de Marília não se resume à ribalta. Pela primeira vez na Villa de CARAS, ela contou que os dez anos de casamento com Bruno Faria (44) também contribuem para manter a serenidade, uma de suas principais características. "Preciso ter em casa um homem em quem eu confie muito para poder trabalhar tanto. E o Bruno me passa muita segurança, o que é fundamental. Além disso, ele é meu amigo, é educado e é maduro", completou a atriz, que já foi casada três vezes - com o ator Paulo Graça Mello, morto em 1969, com quem teve Ricardo Graça Mello (42); com o produtor musical e escritor Nelson Motta (62), com quem teve Esperança Motta (31) e Nina Morena (26); e com Ricardo Przemyslaw.
Em Gramado, na serra gaúcha, Marília foi ovacionada no 35º Festival de Cinema, e se emocionou com a exibição não competitiva do filme Jogo de Cena, do documentarista Eduardo Coutinho (74), homenageado com o Kikito de Cristal por sua carreira. "As pessoas adoraram, acredito que tenha sido um grande sucesso. Aqui na Villa mesmo, que aliás é linda, estou ouvindo todos comentando. E não é para menos, o Coutinho é um gênio", disse Marília. O trabalho marcou a volta da parceria entre ela e o documentarista após 40 anos, quando fizeram O Homem que Comprou o Mundo, longa de estréia tanto da atriz quanto de Coutinho. "Eu tinha 24 anos e, na época, achava que nunca tinha recebido um convite para o cinema porque eu não era bonita o suficiente. Pela primeira vez, graças ao Coutinho, eu me vi linda nas telas. Quando eu fui chamada para fazer Jogo de Cena, aceitei mesmo sem ler o roteiro. Nesse tempo sempre acompanhei de perto e admirei muito a carreira dele", concluiu ela, que revelou ainda seu atual grande sonho profissional. "Quero um dia conseguir dirigir a ópera Carmen, mas ainda não está nada decidido", confessou a diva, que recentemente foi laureada com mais um prêmio, o troféu Lente de Cristal, como Melhor Atriz por Polaróides Urbanas, longa que marcou a estréia de Miguel Falabella (49) como diretor, no 11º Festival de Miami, em junho.
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