Conheça Quentin Jones, a cineasta que promoveu o encontro da videoarte com a moda e conquistou grifes como Kenzo, Chanel e Victoria Beckham
Ela tem apenas 27 anos, é ilustradora, graduada em filosofia pela Universidade de Cambridge, film-maker badalada e ex-modelo. Esse é o perfil nada desprezível da canadense Quentin Jones, que já fez vídeos para a coleção Pre-Fall 2012 da Kenzo, para a linha Victoria, da grife Victoria Beckham, e para a Chanel. Em suas obras, ela abusa da estética da colagem e do stop-motion, técnica de animação quadro a quadro usado em filmes como “A Noiva Cadáver”, do diretor Tim Burton.
Em suas criações, Quentin aposta na arte como meio de mostrar a moda, e isso pode até significar aparecer sem roupa alguma no vídeo. Em seu último curta de animação, de apenas 2 minutos, ela surje nua, usa a si mesma como tela e se pinta, empregando uma linguagem ao mesmo tempo contemporânea e sensual. Alguns dizem, inclusive, que seu trabalho flerta com o Dadaísmo, movimento artístico de vanguarda liderado por Tristan Tzara, em 1916, que pregava o non sense e o “nada” como forma de arte. Mas, ao contrário do “dada”, seus projetos têm feito muito sentido para as grandes grifes. É o caso de “Dancing Chanel”, o fashion film criado por Quentin para a campanha Primavera-Verão 2011 da Chanel. Estrelado pela bailarina Emma Chadwick, o vídeo foi apontado como um dos preferidos do New York Fashion Film Festival.
E se você pensa que a moça é daquelas intelectuais chatas, saiba que entre seus filmes preferidos está “Labirinto”, de 1986, estrelado pelo cantor David Bowie e pela atriz Jennifer Connelly. Esse conto de fadas pop/cult está distante de figurar no top ten da maioria dos cineastas. Mas talvez seja esse ecletismo que faz de Quentin uma das grandes apostas da produtiva parceria entre moda e arte.
Veja o último curta de Quentin Jones:
O fashion film recentemente produzido para a Kenzo:
O vídeo criado para a linha Victoria, de Victoria Beckham:
E o badalado fashion film "Dancing Chanel":
Por Ana Paula de Andrade