O cineasta James Cameron discursa no Fórum Internacional de Sustentabilidade de Manaus e compara os índios brasileiros aos personagens de Avatar
James Cameron comparou as populações indígenas da Amazônia aos Navi's, personagens da superprodução
Avatar, seu mais recente filme e a maior bilheteria da história do cinema. A afirmação foi feita durante sua palestra no Fórum Internacional de Sustentabilidade de Manaus, nesse sábado, 27.
Na história, os personagens de
Avatar precisam combater invasores que querem exterminá-los para explorar o mineral de seu planeta. Para ele, o governo deveria reconsiderar a decisão de construir a usina hidrelétrica de Belo Monte, que vai afetar as populações ribeirinhas compostas por os índios brasileiros, por causa da mudança de curso do rio Xingu.
Para ele, o sucesso do filme é uma prova de que o mundo está pronto para realizar todas as mudanças necessárias para deter as alterações climáticas e outros problemas ambientais que poderão acarretar grandes tragédias. Cameron ainda usou uma cena de seu primeiro grande filme,
Titanic, para explicar a urgência nas ações para salvar o meio ambiente.
"Desde o momento em que o iceberg é avistado, em que eles tocam a sineta três vezes, até o momento do impacto, foram noventa segundos. Será que não estamos vivendo simbolicamente este momento dos noventa segundos? Vale lembrar que, quando o Titanic afundou, tivemos vítimas da primeira e da quarta classe. No caso do planeta, as tragédias também afetarão todos da mesma maneira", afirmou.
Cameron mostrou-se um grande conhecedor dos problemas climáticos do planeta e defendeu a ideia de que o Brasil seja remunerado por manter a floresta amazônica intacta.
"O Brasil não tem que pagar sozinho se os outros países estão poluindo e se beneficiando da floresta daqui", analisou.