Na Ilha de Caras, atriz Bianca Rinaldi exalta a relação com marido e filhas
De férias da TV desde o fim da novela Ribeirão do Tempo, da Record, em maio de 2011, a atriz Bianca Rinaldi (37) tem conseguido se dedicar mais ao marido, o empresário Eduardo Menga (59), com quem está há 11 anos, e às filhas, as gêmeas Beatriz e Sofia (3). “Estou em um ‘momento férias.’ Sempre emendei um trabalho no outro e agora estou achando ótimo ter esse intervalo maior. Estou fazendo tudo que eu não conseguia por conta da minha agenda corrida”, conta a loira, que planeja viagem de lua de mel com o amado. “Queremos ir para a Europa ou Estados Unidos. As meninas não vão desta vez, será uma viagem de namorados. É importante regar a relação”, ressalta a paulistana, estrela do elenco da emissora. Mãezona, Bianca curte cada descoberta das meninas. No começo do ano, ela se emocionou com o primeiro dia de aula das pequenas. “Senti um aperto no peito, pois eu não estaria junto durante a aula. Tenho consciência de que escola é primordial para elas. O importante é elas estarem bem”, comenta.
Além da dedicação à família, a bela atriz também doa parte do seu tempo em função de uma causa nobre. Ela criou o instituto Eu Quero Viver, para ajudar na divulgação da mucopolissacaridose, doença rara e hereditária que afeta o metabolismo. “Conheci o Dudu, que sofre com a doença e vi o quão caro e difícil é o tratamento. Decidi entrar nessa luta, pois são cerca de 550 portadores no Brasil”, diz Bianca, que fez um abaixo-assinado para conseguir a inclusão de medicamentos na lista do SUS, Sistema Único de Saúde. “Precisamos de 1 milhão de assinaturas no site www.euqueroviver.org.br É uma luta, mas tenho fé que conseguiremos”, emenda, esperançosa.
– Que tal ser mãe de gêmeas?
– Tinha receio de não dar conta. O instinto materno falou mais alto e o medo e a insegurança foram embora. Quando vi, já estava amparando, cuidando. Lembro de uma situação que foi a primeira vacina que elas tomaram. Li que a criança reconhece o batimento do coração e o cheiro da mãe e a primeira coisa que eu fiz quando elas foram picadas foi colocá-las no meu peito. Elas pararam de chorar na hora.
– As duas são muito apegadas a você. É algo nítido.
– É tão bom se sentir amada e saber que sou tão importante na vida delas. Sei que também sou para o meu marido e para a minha família, mas é diferente. Sinto-me o máximo. Sou extremamente útil para elas. Isso é de uma responsabilidade e satisfação muito grandes. Não tem nada que possa superar esse carinho e essa devoção que elas têm por mim. Elas também são apegadas ao pai. A figura masculina traz proteção e segurança.
– Sonhava ser mãe?
– Quando brincava de boneca eu já sonhava ser mãe de gêmeos. Sempre achei bonito. Quando fiz a fertilização in vitro, perguntei para o médico se seria possível ter gêmeos. Só fui descobrir que deu certo um tempo depois. As pessoas falam como é ser mãe, mas só você sendo para saber.
– Como define a sua relação com o Eduardo?
– Estamos juntos há 11 anos. Nosso relacionamento é ótimo e supersaudável. E o Eduardo é um parceirão. Com a chegada das meninas, nós passamos a ter um cuidado a mais com a nossa relação. Eu fico ‘cega’ por elas e tenho sempre de estar alerta para evitar isso. Conversamos muito, e isso é fundamental. E Eduardo me ajuda muito a cuidar delas. Na educação principalmente.
– Qual o segredo da harmonia na união de vocês?
– Deixar o egoísmo de lado, saber que você tem amor pelo outro. O amor existe, e se ele existe, você pode enfrentar qualquer coisa. Se não tiver amor e respeito, é melhor separar. Mas se esses ingredientes existem, tudo tem solução. Não podemos olhar para o próprio umbigo. Não tenho dúvidas de que eu quero ficar com ele para o resto da minha vida. Nos conhecemos e já ficamos juntos. Fizemos terapia de casal no começo e isso ajudou muito. A nossa cartilha a gente segue. Eu não consigo mais ficar longe da minha família.
– Gosta de ficar em casa?
– Cada vez mais eu gosto de ficar na minha casa. Moro em uma casa com cachoeira, mato, um lugar muito aprazível e aconchegante. Um lugar que eu sempre quis ter. É muito difícil sair, a não ser para algum programa cultural, como teatro e cinema. Essa simplicidade me faz refletir que as pessoas são egoístas e precisam ouvir mais o coração.
– Tem medo do futuro?
– Todo mundo tem medo... Mãe tem uma capacidade para pensar besteira que eu nunca vi. Vem cada pensamento bobo na cabeça... Acho que por medo de deixar seus filhos sozinhos e não admitir determinadas situações. Procuro, dentro da realidade delas, falar a verdade. Não omito e nem fantasio nada. Tento explicar as coisas de forma mais simples, porque não sei o que elas vão enfrentar na vida. O mínimo que posso ser é sincera com elas. Tenho de prepará-las para o mundo.
– Pensa em ter mais filhos?
– Se eu tivesse a certeza de que teria um menino, engravidaria, com certeza. Dizem que dá para pedir ao médico, mas eu não tenho coragem. Acho que é afrontar muito a natureza.
– Além do instituto, você tem algum projeto em vista?
– Vou produzir e atuar na peça A Falecida, de Nelson Rodrigues, com direção do Moacyr Góes. Nelson Rodrigues é um presente na vida de qualquer ator e ainda não fiz nada dele. Surgiu a oportunidade, estou comprando os direitos e devo estrear em breve.