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Henri Castelli: “Fui aprendendo a não ter culpa"

Ator exalta a família no castelo de CARAS 2015

CARAS Publicado em 16/09/2015, às 15h48 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Sozinho na nova temporada vip em Tarrytown, New York, ele reavalia a relação de cerca de um ano com a colombiana Diana Hernandez. - SELMY YASSUDA/ARTEMISIA FOT. E COMUNICAÇÃO
Sozinho na nova temporada vip em Tarrytown, New York, ele reavalia a relação de cerca de um ano com a colombiana Diana Hernandez. - SELMY YASSUDA/ARTEMISIA FOT. E COMUNICAÇÃO

Asensação ao lado de Henri Castelli (37) é que o coração dele bate acelerado. Intenso e entregue às emoções, o ator tenta transformar cada experiência com os filhos, Lucas (8) e Maria Eduarda (1), ou mesmo profissionalmente em um momento único e especial. “O importante é a qualidade do tempo que temos, vale mais do que a quantidade, a dedicação que desprendemos”, argumenta Henri, abrindo a temporada do Castelo de CARAS 2015, em New York.

As sessões de terapias, interrompidas por causa do ritmo das gravações de I Love Paraisópolis, em que interpreta o vilão Gabo, foram fundamentais para o ator ser tão bem resolvido. “Fui aprendendo a não ter culpa com relação a tudo na vida, sem ser egoísta. Não fico pensando muito no que vai acontecer. Acredito na minha espiritualidade. Estamos aqui de passagem, por isso, também dou tanta importância ao agora”, acrescenta. Pensando assim, Henri prefere deixar suspensa a relação com a produtora de moda colombiana Diana Hernandez (30), residente em Miami. A distância entre os países acabou afastando o casal. “Agora, estou completamente focado na novela e nos meus filhos”, pontua ele, que foi casado com a modelo Isabeli Fontana (32), mãe do seu primogênito, e também com Juliana Despirito (33), com quem tem a caçula.

Gosta de estar casado?
Sim, sou fã de casamento, da família. Desejei muito me casar, posso ter colocado a carroça na frente dos bois por ter uma certa ansiedade quanto ao assunto. Acredito que essa minha postura possa ter atrapalhado os relacionamentos que tive.

Então buscou um modelo de família mais tradicional? Com pai e mãe morando juntos?
Em algum momento da minha vida, sim. Quando fiquei com a Isabeli imaginava que estaria com ela para sempre. Ninguém casa para se separar. Mas a vida não é um conto de fadas. Aprendi a ter a família do jeito que sei ter. Tenho a minha mãe, Terezinha, que mora comigo, e sempre que posso estou com os meus filhos. Sou feliz assim, mas existe uma pressão social ainda muito grande quanto a esse assunto. Muita gente ainda gosta de ver mãe, pai e filhos juntos na mesma casa, mesmo que esses adultos não estejam inteiros, realizados, na relação.

Como é a relação com as exs?
Temos que nos dar bem. Os filhos nos unem para sempre. Quando os pais ficam amigos, quem ganha é a criança.

Acredita que seus filhos serão bem resolvidos em relação à separação?
Com certeza. A tendência é que a criança queira os pais juntos. Mas se eles são amigos, a criança fica tranquila. Acredito que esse seja o caso deles.

Você já declarou sempre ter sonhado com a paternidade. Por quê motivo?
Perdi o meu pai, Paulo, muito cedo, com 11 anos. Essa história de ter filhos é muito por causa dele, de formar uma família. Ao mesmo tempo, tinha medo de ter alguém que dependesse de mim e morrer precocemente como ele, mesmo a minha mãe sendo uma pessoa maravilhosa. Lucas foi um filho planejado e Maria Eduarda, um ‘acidente’ que me trouxe um anjo. Ser pai é um ato de coragem, de muita responsabilidade e de fé.

Como assim?
O mundo está muito louco. A meu ver, acho importante pedir muita proteção, que Deus sempre nos olhe e nos guie.

Pensa em ter mais filhos?
Acredito que terei, mais um. É um pressentimento, não sei. Pela minha intuição, pode ser um menino. Mas ainda não encontrei a mãe para tê-lo.

Qual o critério para apresentar uma namorada aos dois?
Todos! A cabecinha deles não pode ficar confusa. Tomo muito cuidado com relação a isso.

É um homem sensível...
Não sei me classificar. Falo demais. Já me ferrei muito por expor meus sentimentos, mas é o meu jeito de ser. Sou emotivo. Já tentei me bloquear, mas não tem jeito. Estou ficando mais velho e vou deixar os meus sentimentos serem aflorados. Uma mulher pode achar que sou um bobo, mas não sou idiota. Essa é a minha maneira de ser, faço o que estou afim.

Não é um cara machista?
Não. Quando me vi sozinho com o Lucas em New York, ainda estava casado com Isabeli, fazia a comida dele. Aprendi a compreender o significado de cada choro. Isso também nos aproximou muito.

E quais são suas recordações de New York?
Quando o Lucas nasceu, morei aqui, foram quase três anos. Vim para cá cuidar dele, na época, ainda estava casado com a Isabeli, como falei. Também fiz amigos e fui gostando cada vez mais desse lugar. Foi incrível, tanto é que minha intenção é sempre passar umas temporadas em NY. Tenho realmente um carinho muito especial por essa cidade.

Qual é o próximo período que passará aqui?
Quando terminar a novela, em novembro, venho. Minha irmã, Anita, mora perto daqui e vou visitá-la. Estou pensando em passar o Natal com ela.

Mudando de assunto, teme envelhecer?
Não penso muito nisso. Só não queria ficar careca, porque queima a cabeça no sol, deve ser ruim. (risos) Mas me cuido. Fora isso, não ligo para nada.

Faria cirurgia plástica?
Se necessário, sim. Não sou preconceituoso. Trabalho na TV, tanto a atriz quanto o ator precisam estar bem no vídeo.

Por falar nisso, você já completou 18 anos de TV Globo...
Nossa, como passou rápido! Estou feliz com as oportunidades que a emissora me deu. Vivo mais um trabalho muito especial em I Love Paraisópolis, um vilão que tem me divertido muito fazer.

Pensa em seguir uma carreira internacional?
Eu renovei o meu contrato com a Globo. Tudo o que farei terá a supervisão deles. Existe um departamento na empresa que avalia as nossas propostas. Se for bom para eles, faço, sim.