Mais um capítulo de destaque na história do design brasileiro começa a ser escrito agora. CARAS terá semanalmente uma coluna sobre design, dando ao tema seu maior canal de abrangência e visibilidade no Brasil.
Mesmo com as pessoas falando design disso e daquilo, ainda há dúvidas sobre o significado do termo, que deriva do latim designare e não tem tradução literal. A palavra surgiu no século XVIII, na Inglaterra, e só foi
adotada por aqui em 1988, em um encontro de desenhistas industriais. Considerado uma ferramenta valiosa para criar produtos, o design é também uma forma de traçar estratégias para melhorar o funcionamento das coisas. Em 1995, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (82) lançou o Programa Brasileiro do Design e, em 1998, decretou 5 de novembro como Dia Nacional do Design. Muitos associam o termo a forma e função. Mas o design vai além da forma: ele agrega, à função de objetos e serviços, características como beleza, sustentabilidade, tecnologia e acessibilidade, atendendo às necessidades do mercado, da comunidade
e até de um país. Uma das melhores definições de design é a do empresário norteamericano Steve Jobs. Para ele, o design é a alma das coisas, que passam a refletir a personalidade e os valores de cada um. E, para
provar que mesmo o mais prosaico objeto tem uma história interessante, o Design Museum, de Londres, apresenta até janeiro a mostra Extraordinary Stories About Ordinary Things, com itens que são ícones do século XX, como a luminária Anglepoise. Aqui, sob o olhar do design, vou trazer as inovações da decoração, dos objetos e da arquitetura que influenciam nossa qualidade de vida.