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Morre Olga Krell, a grande dama da decoração no Brasil

A arquiteta e jornalista Olga Krell faleceu na madrugada desta terça-feira

CARAS Digital Publicado em 09/12/2015, às 12h09 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Olga Krell conhece coleção e vitrine da Meudoxia, em SP. 6 - Renata Melão e Naninha Gonçalves. - ANDRE VICENTE/MD ASSESSORIA, CLEIBY TREVISAN, EDUARDO MORITA , LILICA MATTOS, MARINA MALHEIROS , RAFAEL AKAO E RICARDO RIBES
Olga Krell conhece coleção e vitrine da Meudoxia, em SP. 6 - Renata Melão e Naninha Gonçalves. - ANDRE VICENTE/MD ASSESSORIA, CLEIBY TREVISAN, EDUARDO MORITA , LILICA MATTOS, MARINA MALHEIROS , RAFAEL AKAO E RICARDO RIBES

Olga Krell, 80 anos, morreu na madrugada desra terça-feira, em São Paulo. A colunista da Revista Caras, Mônica Barbosa, lamenta a morte da arquiteta: "Uma perda muito grande para a arquitetura e o design". As causas da morte não foram divulgadas. O velório da será nesta terça-feira, as 13h, no cemitério do Morumbi.

Considerada por muitos a grande dama da decoração no Brasil, Olga foi pioneira na introdução de assuntos como arquitetura e design de interiores nas rodas mais respeitadas do país. Ela foi responsável por alavancar a carreira de uma série de profissionais da área que, hoje em dia, são pra lá de conhecidos e prestigiados, como João Armentano, Leo Shehtman, Oscar Mikail e Toninho Noronha, além de ter colocado no mapa empresas como Montenapoleone, House Garden, Breton e Brentwood.

A trajetória de Olga é marcada por quebras de paradigmas. Ela foi a única mulher de sua turma no curso de arquitetura da Universidade de Cornell, em 1953. Depois de perceber que projetar não era seu negócio, voltou para o Brasil e foi convidada por seu amigo Roberto Civita para assumir a redação da Revista Claudia, na Editora Abril, onde ficou por 40 anos. Nesse período, nem tudo foi fácil: arquitetos renomados relutavam em conceder entrevistas a mulheres - e a revistas de mulheres. Felizmente, isso é coisa do passado. A geração de arquitetos e designers de hoje soube dar a Olga seu devido valor. Aliás, muita coisa mudou. Os grandes arquitetos não tem mais preconceitos quanto a também entenderem de decoração, e a igualdade entre homens e mulheres na profissão, principalmente no Brasil, também é uma realidade. E isso, segundo Olga, também se refletiu no comportamento do consumidor do nosso país. No entanto, ela tinha uma visão critica quanto ao boom imobiliário que está acontecendo nas grandes cidades.

Pessoalmente, Olga definia seu estilo como clássico, mas não muito "rococó". "Eu costumo combinar peças lindas, antigas, que eram dos meus pais - meu pai sabia comprar bem -, com artesanato brasileiro. Então eu brinco que meu estilo é uma mistureba", ela costumava dizer.

Mônica Barbosa faz sua homenagem a Olga Krell: