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'Sou bastante mimada, mas não se compara a Paloma', diz Bruna Griphao

Paola Donner Publicado em 04/10/2012, às 12h15 - Atualizado em 12/10/2012, às 12h18

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Bruna Griphao - Estevam Avellar / Rede Globo
Bruna Griphao - Estevam Avellar / Rede Globo

Com apenas 13 anos, Bruna Griphao é cheia de personalidade, assim como sua personagem, a Paloma de Avenida Brasil. Em sua segunda novela, a atriz-mirim, que fez uma em Bela, A Feia, da Record, tem o desafio de contracenar diretamente com grandes nomes da dramaturgia brasileira, como Alexandre Borges (46), Carolina Ferraz (44) e Betty Faria (71). Porém, mesmo cercada de grandes estrelas, ela brilha a cada cena em que aparece infernizando a vida de Cadinho e Alexia.

Ainda que ressalte as diferenças que tem de seu papel, Bruna sempre acaba se identificando um pouco com Paloma. Com um irmão paterno de 21 anos, Bruna foi criada pelos pais Barbara e Paulo como filha única, o que, segundo ela, foi o fator responsável para que se tornasse um pouco mimada. “Sou bastante mimada, mas não se compara à Paloma”, ressalta, aos risos.

Atualmente focada na carreira de atriz, a garota mergulha no universo da atuação, mas tem energia de sobra para pensar em outras carreiras, como a de pediatra e muitas outras que já passaram por sua cabeça. Porém, ela não se permite ficar presa às dúvidas profissionais com tão pouca idade. Para Bruna, o importante é fazer, intensamente, o que ama no momento.

Em entrevista exclusiva à CARAS Online, a revelação da novela das 9 da Globo falou do início da carreira ao lado de Xuxa Meneghel (49), do apoio  e da ajuda dos pais para ser atriz, da rotina de gravações e da dedicação aos estudos.

- Você sempre quis ser atriz?
- Eu nunca fiquei pensando ‘tenho que ser atriz’, mas sempre me dediquei à parte artística. Fazia teatrinho em casa com a minha prima e sempre fui desinibida, me metia em coisas relacionadas à interpretação.  Na verdade, eu queria mesmo trabalhar com a Xuxa [risos]. Tinha todos os DVDs dela e meu sonho sempre foi dançar e interpretar com ela.

- Como você ingressou na carreira?
- Comecei a fazer teatro no colégio, mas acabou durando só um mês, pois falaram que eu levava jeito e era para fazer testes em emissoras. Então, fui para uma agência e fui fazendo testes, até que passei para a TV Xuxa, em 2008. Foi muito legal trabalhar com a Xuxa, principalmente porque isso sempre foi um sonho para mim. A equipe era composta por oito crianças e a gente fazia muita coisa, desde entrevistas até quadros especiais. Foi uma experiência muito boa para aprender como funciona essa coisa de TV. Saí após seis meses porque acabou o programa.

- Como você fez o teste para Avenida Brasil?
- Meu pai tinha levado um monólogo meu para um produtor de elenco. Ele adorou e disse que tinha um papel na próxima novelas das 9 da Globo que eu ia gostar de fazer. Então, quando ia acontecer o teste, o produtor avisou meu pai e eu fui lá fazer o teste, que foi em dias etapas. Até hoje não caiu a ficha que o papel é meu e que estou atuando na novela das 9.

- Como é gravar com atores tão experientes como a Carolina Ferraz e o Alexandre Borges?
- Eu acho fantástico trabalhar com eles. Além de serem legais, absorvo muita coisa deles. Tanto a Carol quanto o Alexandre são muito divertidos. Acredito que rola uma química entre a gente, o que faz com que o resultado seja sempre bom. A Betty Faria também é ótima! Fiquei chocada quando soube que ia contracenar com ela, porque ela também é uma referência, mas é uma pessoa simples e ótima de trabalhar.

- O que você acha do comportamento da sua personagem?
- Ela é exagerada, vingativa, mimada e muito mal criada, mas eu adoro fazer a Paloma. Acho que é ali que me expresso e me livro da minha raiva. Quando ela quer alguma coisa não se importa com nada, vai até o fim do mundo pra conseguir o que deseja, nem que para isso precise passar por cima dos outros, fazer chantagem ou trapacear. Mas também acho que ela é uma boa menina, que só precisa aprender a respeitar os outros, a ter limites.

- Quais são as suas semelhanças com a Paloma? Você é mimada?
- Acho que a gente tem determinação em comum. Também tem algumas respostas que ela dá que eu também daria, mas que não dou, sabe como é, né! [risos]. A determinação é parecida, mas o modo como ela executa é muito diferente do meu. Sou bastante mimada, mas não se compara à Paloma. Apesar de eu ter um irmão mais velho por parte de pai, o Thomas, fui criada como filha única e acho que por isso sou um pouco mimada.

- Tem alguma amiga que parece com a Paloma?
- Minhas amigas vão me matar se eu falar que sim [risos]. Digamos que eu tenha uma conhecida que é bem parecida com a Paloma, mas pelo lado bom, que seria o carinho pelo Cadinho, o amor que tem pelos pais quando não está com raiva.

- Em quem você se inspirou para compor sua personagem?
- Fiquei imaginando como iria interpretar a Paloma, até que pensei ‘faz como você é quando está com raiva, bem Bruna mesmo’ [risos]. Acho que ela está sempre com raiva, então a faço forte e muito intensa. Ela não é má, ela apenas tem personalidade muito forte e não consegue controlar isso. Tentei fazer a Paloma do modo que eu não posso ser em casa, do jeito que só ajo no meu quarto quando estou com raiva.

- Você é consumista?
- Não tenho nada a ver com ela nesse quesito. Vou ao shopping e minha mãe quer comprar roupas e bolsas para mim, mas não deixo. Adoro ganhar presente, mas, por exemplo, uma bolsa de 3 mil reais eu não aceitaria nem que a minha mãe fosse muito rica. A minha família não é rica e nem pobre, apenas vivemos bem. Nunca tive os mimos que a Paloma, a minha realidade é bem diferente.

- Seus pais na vida têm alguma semelhança com seus pais da ficção?
- Meus pais são separados, como a Alexia e o Cadinho até poucos capítulos atrás, mas há semelhanças sim. Minha mãe, Bárbara, é toda perua [risos]. Vamos ao shopping e ela compra bastante, mas não chega a ser exagerada como a Alexia, que gasta horrores. Já meu pai, Paulo, é todo brincalhão. Além disso, quando peço alguma coisa ele sempre me dá. A minha relação com meu pai é parecida com a da Paloma com o Cadinho antes de descobrir que era filha dele.

- Seus pais sempre te apoiaram?
- Sempre, desde o começo. Eles sempre ajudaram. Quando perceberam que eu levava jeito para ser atriz e eu insisti nessa ideia, minha mãe ficou meio assim por ser um meio difícil, mas meu pai já falou ‘vamos investir porque ela tem talento mesmo’. Entendo que a minha mãe tenha ficado receosa, pois ela era do teatro e já conhecia o meio artístico, mas nunca impediu. Os dois são meus parceiros. Meu pai sempre correu muito atrás disso, ele falava que não podia desperdiçar nenhuma oportunidade. Então, ele pegava meu material e falava com produtores. Fiquei um tempo sem fazer novela e esse teste para Avenida Brasil foi ele que arranjou.

- Você gosta de assistir a novela em casa? Gosta de ver suas cenas para melhorar?
- Eu adoro chegar em casa e ver a novela, mas não é sempre que consigo. Como estudo de manhã e tenho muitas atividades ao longo do dia, acabo pegando no sono antes mesmo do primeiro bloco, mas assisto sempre que consigo. Acho isso ótimo, porque posso me avaliar. Quando tem gente assistindo comigo, eles falam: ‘Bruna, fala devagar nos diálogos!’. Por causa disso, sempre tento prestar atenção nas horas em que falo mais rápido, geralmente quando a Paloma está respondendo o Cadinho ou a Alexia, pois preciso consertar isso sem atrapalhar na interpretação. É um problema, porque eu falo muito rápido e, com isso, a Paloma faz o mesmo. [risos]

- Te param na rua para falar de sua personagem?
- Sim, bastante. As pessoas gritam ‘filha do Cadinho, para de ser peste, para de atormentar a vida do Cadinho’. [risos]. Muitos fazem cara feia também. A maioria não gosta do comportamento dela, apesar de se divertirem com a Paloma. Mas nunca ninguém chegou e disse que tinha um filho parecido com a minha personagem, ainda bem, né?

- Você consegue separar a vida profissional da escola? É boa aluna?
- Consigo sim. Isso é bem tranquilo, basta saber se organizar. Quando eu tenho prova na terça-feira e gravação na segunda-feira, estudo durante final de semana todo. Fico de olho no roteiro e na agenda da escola para me programar para as atividades e não me prejudicar nem na novela e nem na escola. Sou tranquila de nota, faço deveres e vou bem nas provas. Também tenho facilidade para decorar o texot e assimilar as coisas. Meus pais não se preocupam com minhas notas porque eu não me permito ir mal na escola. Eles não me cobram porque sabem que eu estudo. Eles nunca chegaram em casa e me perguntaram se eu já havia estudado. Pelo contrário, eles chegam e falam: ‘Ainda está estudando, Bruna? Vai dormir!’. [risos]

- Você ficou famosa na escola? Te pedem autógrafos?
- Eu já estudo no mesmo colégio há um tempo e conheço muita gente. Minhas amigas já sabiam que eu fazia novela e elas nem se importam com a Paloma, gostam mesmo da Bruna, mas tem alunos das outras turmas que perguntam o que vai acontecer na novela, como está o Cadinho e tudo mais. Também já aconteceu de me pedirem autógrafo no colégio, mas é tranquilo, faz parte da carreira.

- O que pensa para o futuro nessa profissão?
- Por enquanto não quero parar de atuar, quero continuar trabalhando e ter mais experiência. Espero ter um futuro cheio de novas oportunidades, desafios e novos papeis, um personagem diferente do outro. Sou muito nova ainda para saber se é isso mesmo que eu quero fazer para o resto da minha vida, tenho um leque de opções muito grande de carreiras. Gostaria de continuar com a natação, mas profissão mesmo eu ainda não defini. Gostaria de ser tanta coisa... Já pensei em ser pediatra, mas depois pensei em mil outras coisas. Estou sem pressa para definir, apenas quero aproveitar essa fase.