Economista, filha de produtores rurais e apaixonada pela natureza, à frente da BMV (Brasil Mata Viva), Maria Tereza Umbelino transformou a manutenção da floresta ‘de pé’ em um bem econômico.
Filha de produtores rurais, da região central do Brasil, Maria Tereza Umbelino vivenciou todo o processo da questão ambiental junto ao agro. Graças a esta vivência, foi capaz de enxergar a floresta como um bem econômico.
Maria Tereza conta que teve a oportunidade de estar em mesas que discutiam Agenda 21 e com isso, juntando as experiências do campo e da profissão, da área financeira, foi desenvolvendo processo de criar uma forma de valorar e valorizar o produto que sai da floresta conservada.
“O valor da árvore de pé. a biodiversidade que remunera… Essa é a lógica que nós vemos. É um bem econômico, precisa ter valor, ser trocado”, explica.
Como vira riqueza? Maria Tereza afirma que é a partir do momento que isso começa a circular e monetizar. Começou todo o processo do zero: “fomos ver se tinha marco regulatório do que a gente estava propondo e não existia. Tivemos que regularizar todo este processo com atividade econômica e atividade rural para transformar isso em um produto e quantificar. Fomos buscar esta metodologia”, explica.
A Brasil mata Viva criou um selo que atesta a conformidade socioambiental de uma empresa, pessoa ou instituição. DE acordo com Maria Tereza, a obtenção está atrelada à compra de UCSs, ativo criado pela BMV de modo a estar em conformidade com o viés socioambiental (ESG). Essas UCSs podem ser adquiridas (ou, na mão inversa, vendidas) na Plataforma Tesouro Verde da BMV.
“Vale lembrar que as UCSs são um conceito muito mais amplo que o de créditos de carbono, já que englobam 27 itens relativos à pegada ambiental, sendo o carbono apenas um deles”, explica.