Estrelado por Sophie Charlotte, Meu Nome é Gal estreia em 12 de outubro nos cinemas
Uma declaração de amor para Gal Costa. Assim pode ser definido o filme Meu Nome é Gal, estrelado por Sophie Charlotte (34), que exibe um recorte aprofundado sobre a artista que faleceu em novembro de 2022. Em coletiva de imprensa, da qual a CARAS Brasil participou, a atriz conta sobre o apoio que recebeu da cantora e do processo para a construção do projeto.
"O convite veio através de um telefonema de Dandara [Ferreira] e Lô [Politi]. Eu disse um sim absoluto, porque realmente precisa de muita coragem na vida e nesse ofício. Ela autorizou, incentivou e estava curtindo. Eu encontrei com ela [Gal Costa] e me senti muito abençoada por ela ter permitido essa honraria", diz Sophie Charlotte.
A cinebiografia começou a ser idealizada há seis anos. De acordo com as diretoras, Dandara e Lô, a cantora entrou em contato com elas para que o filme acontecesse —e gostou da escolha de Sophie para a interpretar. Antes, ela trabalhou ao lado de Politi para o documentário O Nome Dela é Gal.
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Apesar disso, Gal Costa não teria visto o resultado final do filme, apenas cenas de Sophie Charlotte cantando. "Ela falou que Sophie tem uma doçura no olhar, que ela também tinha e que Sophie tinha o timbre [de voz] muito próximo", acrescenta Dandara, que também interpreta Maria Bethânia no filme.
Sophie ressalta que, apesar de amar cantar, entende a distância de sua voz para a de Gal, e conta ter tido um grande tempo de preparação para entender a voz, corpo e o que a cantora representa. Foi nesse longo processo que surgiu a ideia de misturar trechos que foram cantados originalmente pela artista na trilha sonora do longa.
Além disso, o filme também mostra a transformação de Maria da Graça, a Gracinha, em Gal Costa —que foi bastante marcada pela presença de deus amigos Caetano Veloso (Rodrigo Lelis), Gilberto Gil (Dan Ferreira), o empresário Guilherme Araújo (Luís Lobianco), Dedé Gadelha (Camila Mardila) e tantos outros artistas do movimento Tropicália, assim como pela Ditadura Militar que aconteceu no Brasil.
"Talvez o nosso filme conte através dos olhos da Gal como ela viveu aquele momento e transformou na sua obra e na sua arte, de forma tão definitiva. Cada escolha e cada transformação na obra de Gal aponta para o que estava acontecendo nessa mulher maravilhosa internamente. Eram amigos que se estimularam e se levantaram muito", acrescenta Sophie.
As diretoras ainda afirmam que o longa-metragem partiu de um desejo de Gal. Agora, o trabalho se tornou uma homenagem não apenas à obra da artista, mas ao seu feminino, sua transformação e seu corpo enquanto forma de expressão. "Esse filme foi um bônus de juventude, farra, festa, alegria e tesão. Foi lindo poder repensar a vida com mais prazer e menos caretice", completa Sophie.
Meu Nome é Gal explora o recorte da carreira de Gal Costa entre o fim dos anos 1960 e 1970, quando a artista se torna a principal voz feminina do movimento Tropicália. A produção estreia em 12 de outubro nos cinemas do Brasil. O elenco também conta com nomes como George Sauma, como Waly Salomão, e Chica Carelli, como Mariah Costa, mãe de Gal.
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