Se vencer, a música 'Real In Rio', de Carlinhos Brown e Sérgio Mendes, trará para o Brasil uma estatueta inédita do Oscar
A premiação anual da academia de Artes e Ciências Cinematográficas chega neste domingo, 26, à sua 84ª edição. Desde a primeira cerimônia, em 1929, o Brasil recebeu algumas indicações ao Oscar - na maioria a estatuetas de Melhor Filme Estrangeiro.
A primeira aconteceu em 1945, pelo longa Brazil, do americano Joseph Santley (1889-1971). Na ocasião, a música Rio de Janeiro, de Ary Barroso (1903-1964), concorreu ao Oscar de Melhor Canção Original - a mesma estatueta disputada este ano por Carlinhos Brown (49) e Sérgio Mendes (71) - pela música Real In Rio, da animação Rio, de Carlos Saldanha (43). Sessenta e sete anos atrás, o prêmio ficou para uma música do filme O Bom Pastor. Agora, a dupla brasileira disputa com a canção Man or Muppet, de Os Muppets.
Na história do Oscar, um único longa feito no Brasil - Orfeu Negro, falado em português e com elenco daqui - levou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro. Mas, como o filme foi dirigido pelo parisiense Marcel Camus (1912-1982), a Academia considera o prêmio como sendo da França.
O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte (1920-2009) voltou a representar o Brasil na premiação em 1963. A estatueta, entretanto, foi novamente para os franceses, por Sempre Aos Domingos. Uma nova indicação só aconteceu trinta e três anos depois, em 1996, com O Quatrilho, de Fábio Barreto (52), que perdeu para o holandês A Excêntrica Família de Antonia. A Holanda também levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1998, com Caráter, que tirou o troféu de O Que É Isso Companheiro, de Bruno Barreto (56).
Em 1999, uma atriz brasileira foi indicada pela primeira vez ao prêmio principal. Fernanda Montenegro (82) disputou o Oscar pela irrepreensível atuação em Central do Brasil, que também concorreu como Melhor Filme Estrangeiro. Gwyneth Paltrow (39), por Shakespeare Apaixonado, e A Vida É Bela, do italiano Roberto Benigni (59) ficaram com os prêmios.
A esperança mais recente de Oscar para o Brasil foi com Cidade de Deus. O filme recebeu quatro indicações: Melhor Diretor, para Fernando Meirelles (56), Edição, Fotografia e Roteiro Adaptado. O prêmio de direção foi para Peter Jackson (50), por O Senhor dos Anéis, que também ficou com as estatuetas de Edição e Roteiro Adaptado. O de fotografia foi para Mestre dos Mares - O Lado Mais Distante do Mundo, estrelado por Russell Crowe (47).