Bia Arantes conta como foi a preparação para brilhar no cinema em 'O Filme da Minha Vida' e 'Real - O Plano Por Trás da História'
Além de estar no ar na novela Carinha de Anjo, do SBT, a atriz Bia Arantes também está presente no cinema. Atualmente, ela pode ser vista na telona em O Filme da Minha Vida e, recentemente, no longa Real - O Plano Por Trás da História. Feliz em atuar em diferentes áreas, ela conversou com a CARAS Digital sobre estes dois projetos. Confira
-Você está em cartaz em O Filme da Minha Vida. O que pode contar deste projeto?
- É uma adaptação do livro “Um Pai de Cinema”, do autor Antonio Skármeta. O Selton fez uma adaptação muito original, de uma forma muito delicada e poética. A história é contada nos anos 60 e fala sobre Tony, interpretado pelo Johnny Massaro, um jovem que foi estudar na França e quando volta para a pequena cidade sulista de Remanso, descobre que seu pai abandonou a mãe. O enredo traz então a readaptação desse jovem tão sensível a essa realidade nova e antiga ao mesmo tempo. Faço a ex-miss da cidade, Petra Madeira. Uma jovem muito misteriosa e introspectiva que acaba junto com a irmã Luna (Bruna Linzmeyer) mexendo com a cabeça de Tony.
-O que mais te desafiou neste filme?
-Acredito que interpretar uma personagem dos anos 60. Uma época tão distante da minha realidade, com costumes diferentes... Além do fato dela ser mais velha que eu.
-Como foi a sua preparação?
-O Selton sempre muito solícito e parceiro nos promoveu várias leituras, dinâmicas, discussões.. foram cerca de 2 meses só preparando-nos pra daí continuarmos a parceiros juntos na execução das filmagens.
-Como foi trabalhar com Selton Mello?
-Já nos conhecíamos, somos amigos desde que eu era bem novinha, ele é um ator incrível e um diretor muito competente. Ele nos deixou bem à vontade durante as gravações, foi super parceiro, sensível, empático... O Selton como diretor condiz exatamente com o lado humano maravilhoso que ele tem.
-Você também está no elenco do filme Real – O Plano Por Trás da História. Como foi trabalhar neste filme?
-Foi uma grande experiência como atriz e como cidadã. Vejo o filme como algo importante demais para promover reflexão e entender mais sobre a história do Brasil. É essencial que tenhamos mais contato com a nossa cultura política, que a gente entenda mais sobre a história e econômica do país. Inspirado no livro "3000 dias no Bunker", o filme é uma obra ficcional com dados verídicos sobre a criação e implantação do plano Real no Brasil.
-Como é a sua personagem neste filme?
-Faço uma participação como Luiza, que é uma jovem cheia de dúvidas sobre as mudanças econômicas do país na década de 90, e prestes a se mudar com o marido pra Londres. E eu acho que, apesar de passado o tempo, essa questão dos jovens angustiados, querendo opinar sobre as mudanças sociais, só faz crescer e é muito pertinente frente ao cenário que estamos vivendo hoje.
-O que o público pode esperar dela?
-A Luiza é uma menina rica, que, mesmo nesta posição, pensa na igualdade social e em mudanças que vão além do cenário em que vive. Acho que há pessoas como ela hoje em dia, e isso é fundamental pra validar a discussão política do filme.
-Como foi a sua preparação para o filme?
-Li e estudei muito sobre o assunto, vi vídeos e documentários sobre a época. Foi super importante para entender os contextos desse período. Mesmo tenho estudado Ciência Política, é impressionante como não conhecemos absolutamente bem um assunto se não o investigamos a fundo. Fiz ótimas descobertas que me ajudaram a estar antenadissima em toda a história do filme e me trouxe base pra entender a posição política da minha e de todas personagens.
-Você sempre foi interessada por assuntos relacionados com a política?
-Sim, gosto muito do assunto, acho extremamente importante entender mais sobre a política e a gestão dela nos dias de hoje, pois como cidadãos devemos ser engajados nesta questão. Sou a favor de reformas amplas e profundas, acredito que é necessário, ainda mais na sociedade em que estamos vivendo.