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Tiago Abravanel relaxa no Castelo de CARAS

Reverenciado nos palcos como Tim Maia, Tiago Abravanel exalta amor pela arte

Redação Publicado em 22/11/2011, às 23h30 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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O astro de Tim Maia – Vale Tudo recarrega as energias e estuda as canções do artista na suíte. - Marco Pinto/Savona
O astro de Tim Maia – Vale Tudo recarrega as energias e estuda as canções do artista na suíte. - Marco Pinto/Savona

O ator Tiago Abravanel (24) é do tipo que está sempre de bem com a vida, com um sorriso no rosto e uma visão otimista sobre tudo, mas confessa que vai ser difícil ter um outro ano tão especial quanto 2011. Neto de uma das figuras mais emblemáticas do showbiz do País, o apresentador Silvio Santos (80), o jovem paulistano provou que seu talento tem mais peso do que o sobrenome, conquistando lugar sob os holofotes, respeito da crítica e adoração do público ao interpretar o patrono da soul music brasileira, Tim Maia (1942-1998), no musical Tim Maia – Vale Tudo. “Às vezes, sinto que estou sonhando acordado de tanta felicidade”, afirma o filho de Cintia Abravanel (48).

Em cartaz no Rio de Janeiro, Tiago recarregou as energias no Castelo de CARAS, às margens do Hudson River, a 40 minutos de New York. “É um mundo à parte, mágico. Em São Paulo ou no Rio, a gente se acostuma com trânsito, prédio, mas eu adoro esta calmaria. Existe um momento que a mente e o corpo precisam de outros ares, é bom ficar próximo do verde, ver o dia passar tranquilamente...”, comenta o ator, que mesmo de folga não desgrudou de partituras e livros. “A dedicação do ator é diária. Vou viver o Tim até quando ‘ele’ permitir e eu achar que cumpri a minha missão”, garante ele, que traz no currículo participações no projeto TeenBroadway — sua estreia nos palcos, aos 17 anos —, nos espetáculos musicais Miss Saigon e Hairspray e na novela Amor e Revolução, do SBT.

– Você já se acostumou com o assédio do público?

– É uma loucura! Não tem nada melhor que ir na padaria e ouvir alguém gritar: ‘E aí, Tim Maia.’ O mais gratificante é viver tudo isso por meio do teatro. O público em geral acha que você só é artista quando vai para a TV — não desmerecendo quem atua no veículo —, só é mais difícil chegar a esse patamar com uma peça.

– Tem medo de ficar rotulado?

– O desafio é viver esse homem e aproveitar ao máximo esse momento maravilhoso, mas entender que isso é um capítulo da minha vida. Vou levar essa experiência como bagagem, mas não posso me apoiar só nisso, porque em um momento as pessoas vão querer falar de outras coisas e eu vou querer contar novas histórias.

– Você parece ser uma pessoa muito pé no chão.

– No fim das contas, o que a gente leva desta vida? A gente carrega experiências, trocas com outros seres humanos, isso é muito maior que qualquer glamour ou fama. Busco o reconhecimento de um trabalho, é óbvio, mas principalmente essa troca. E nisso eu me inspiro muito no meu avô. Eu não gosto muito de misturar o meu trabalho com o dele, mas eu me espelho nele neste sentido.

– Seu avô faz 81 anos no dia 12 de dezembro. Qual o presente ideal para alguém que tem tudo?

– Um ingresso para o meu espetáculo, claro! Um puxão de orelha nele por que ainda não veio me ver! (risos)

– Você deixou Amor e Revolução para fazer o musical. Tem planos de voltar ao SBT?

– Meu contrato era só para a novela. Morri na televisão para nascer no teatro, louco né? Foi uma experiência breve, mas bacana. Tenho vontade de voltar para o veículo, mas sem jamais esquecer o teatro. É um pé lá, outro cá.