Em temporada no Castelo de CARAS, em Tarrytown, ele revela seus maiores desejos
Determinado a vencer, Caio Castro (21) conquistou o Brasil com seu jeitinho tranqüilo e apaixonante. Há mais de três anos vivendo no Rio, o paulistano precisou ficar longe da família e de sua terra natal para se dedicar à carreira de ator. "No meu caso, crescer foi algo como ser arrancado dos braços da mãe. Precisei ser adulto de uma hora para outra, mas hoje entendo o quanto isso foi importante. É um processo muito rápido entre ser um adolescente e me tornar adulto", explica ele, que agora celebra o melhor momento da carreira com o sucesso de Edgar, seu personagem na global Ti Ti Ti. Com o apoio de seus familiares, Caio faz questão de manter os pés no chão. "A maneira que meus pais me educaram e conduziram a minha vida foi perfeita. Por isso, quando entrei nesse mundo competitivo, já tinha segurança e base familiar", lembra ele, no Castelo de CARAS, em Tarrytown, New York. - Você já esperava o sucesso? - Achava que poderia dar certo, mas não tinha ideia da proporção que isso tomaria. Às vezes, penso no quanto essa profissão influencia as pessoas, por isso tenho certeza de que não escolhi ser ator por acaso. Gosto da responsabilidade. - Algo mudou com a fama? - Eu amadureci bastante nesses últimos anos e aprendi um pouco mais sobre a vida. Mantenho minha essência e os pés no chão. - Seus pais te incentivaram? - Foi engraçado. Meu pai dizia: "Se é o que quer, siga em frente e faça direito". Já minha mãe achava que eu era maluco. Ela tinha medo de não saber no que eu estaria apostando meu futuro. Mas a educação que eles me deram sempre foi a minha base. Eles não têm com o que se preocupar, pois não me iludo com a fama, só procuro fazer o meu trabalho e encaro isso com seriedade. - O que quer dizer com isso? - Esse é um mundo cheio de ofertas. As coisas surgem com rapidez, muitas pessoas passam a te adorar, todos querem ser seu amigo. Então, tomo cuidado para não cometer erros, não me deslumbrar, principalmente porque vejo isso acontecer todos os dias. - Você se surpreendeu com o convite para a novela? - No início pensei que seria um personagem comum. Quando recebi a sinopse e vi que era um papel grande cheguei a pensar que não conseguiria. Mas, ao mesmo tempo, fiquei feliz pela confiança que o Jorge Fernando, diretor de Ti Ti Ti, depositou em mim. Foi o que me deu coragem e força para encarar o Edgar. - E agora você é um galã. - Não consigo me ver dessa forma. Acho legal mas, ao mesmo tempo, tenho a preocupação em não ficar preso ao estereótipo. Gosto da diversidade que a vida de ator proporciona. Ser galã é bom, mas acho que posso encarar também outros tipos de personagens. - Gosta de morar sozinho? - Muito. Mas há pouco tempo percebi que não sirvo para ficar totalmente sozinho. Minha casa vive cheia, gosto de chegar lá e ver que algo mudou enquanto estive fora. Quando morava com meus pais eu sabia que sempre teria uma companhia, comida pronta, ou meu irmãozinho, Enzo, que ouvia a porta abrir e vinha correndo me dar um abraço. Sinto falta disso. - Você se considera uma pessoa difícil de lidar? - Tenho um tempo diferente. Preciso de um período sozinho, gosto de ficar quieto. É para reforçar a minha individualidade, minhas ideias, e nem todas as pessoas conseguem entender isso. - Por isso está solteiro? - Não. Se desse tempo para namorar eu tentaria, mas é difícil. Acabaria saindo do foco, dividido entre trabalho, amor e família. Namorar é dedicação. Sou preocupado, penso o tempo todo no casal, por isso acho que não é o momento ideal para isso acontecer. Mas eu não poderia evitar se algo extraordinário acontecesse. - Como é o Caio apaixonado? - Sou um príncipe. Não peço ninguém em namoro à toa, faço tudo pela pessoa. Sou fiel, companheiro e o que perco no romantismo ganho na parceria (risos).