SAMARA FELIPPO NÃO TEM MEDO DE DESAFIOS

por Valença Sotero Convidada de CARAS em Bariloche, ela viu neve pela primeira vez, encarou o rapel e descobriu que leva jeito com o esqui. A paisagem branquinha fez Samara Felippo (28) lembrar com saudade do Natal em família, quando o seu pai ainda era vivo. Prestes a voltar ao ar na trama global Sete Pecados, como Fernanda, a irmã da falecida mulher de Vicente, personagem de Marcelo Novaes (45), a atriz revela as novidades da solteirice e fala do casamento que viveu com Sidney Sampaio (27). Também conta as dificuldades de produzir teatro, pede por desafios profissionais maiores e confessa que adoraria se apaixonar novamente. - Que tal praticar o rapel? - Uma das coisas mais emocionantes que já fiz. A altura dá medo, mas é gostoso vencer barreiras. Chegar lá em cima já foi um sufoco. Subimos de jipe por uma estrada linda, coberta de neve. Para sair do carro, tive que colocar as raquetes nos pés para não afundar e ganhei um bastão para me equilibrar. Quando me vi pendurada lá em cima, olhei para baixo e disse'eu não vou descer'. Mas o instrutor, o FelipeZachara, foi ótimo. Aprendi rápido como segurar a corda e controlar a descida. Logo me senti segura e contemplei a paisagem, uma das mais lindas que eu já vi. Amei o desafio. - Gostou da neve? - Foi meu début! Só tinha visto em filme, em histórias de Natal, com crianças reunidas e os floquinhos caindo lá fora. É uma lembrança ótima, o Natal lá em casa sempre foi muito comemorado. Só depois que meu pai morreu, há sete anos, que perdemos essa magia. Fiquei encantada! Incrível como essa imensidão branca me dá paz. Sou mais adepta do calor, mas, abaixo de zero, acho que anestesia, não incomoda. - Como foi esquiar? - Muito difícil! Tinha noção de patins, mas tem que ter força na perna e no braço, até para conseguir subir na cadeirinha. Além de disposição e cuidado para não cair e se quebrar. Desliza muito! E tem que ter técnica para parar. Mas sou descolada e não tenho vergonha de cair. Depois de uma aula, consegui descer. - No fim do ano passado você terminou um relacionamento com o Sidney Sampaio, com quem dividia o mesmo teto. Foi um casamento? E como anda a relação de vocês hoje? - Foi um casamento de fato, considero assim! Uma experiência maravilhosa, que nos fez amadurecer bastante. Mas acabou. Hoje torço pela carreira dele e, se puder, estou disposta a ajudar. Na separação, fiquei com os gatos, a Brigite e o Bardot. Ele também os amava, mas concordamos que os dois ficariam comigo, pois já estão acostumados juntos e com o espaço. - E como é a experiência de morar sozinha? - É tudo novo: independência, liberdade e responsabilidade. A minha casa é o meu mundo e posso arrumá-la do jeito que eu quiser. Coleciono imãs de geladeira, mas, na cozinha, sou péssima. Prefiro ligar e pedir a comida. - Está solteira? - Solteira! Em uma fase que estou amando, lendo mais e com o foco todo concentrado em mim. Longe de parecer egocêntrica. Tenho muitos amigos e quero estar perto de todo mundo. Mas, casada, por exemplo, estamos dividindo energia com a outra pessoa. Não faço planos de entrar em uma nova relação, mas tudo depende de se apaixonar. O que, na verdade, adoraria que acontecesse... - Está saindo muito para baladas? - Estou cansando... Em junho, estive em Nova York e fui para boate todas as noites. Foi incrível! Mas, agora, estou preferindo receber amigos em casa ou ir ao teatro e depois jantar. - Como é produzir teatro? - Muito mais difícil do que eu podia imaginar. Batalhei para consegui montar a versão feminina de Êxtase, com texto do Walcyr Carrasco e Nívea Stelmann e Rosane Gofmann no elenco. Estamos captando patrocínio para conseguir estrear. Não posso ver um investidor em potencial que me apresento e peço o cartão. - Como atriz, já se sente realizada? - O Dono do Mar foi a minha estréia no cinema. Amei e quero fazer mais. Na TV, quero mais boas oportunidades de grandes papéis. Agradecimentos: Loja de Inverno. FOTOS: CADU PILOTTO