ATRIZ VIAJA COM O FILHO PARA BARILOCHE APÓS ROMPER RELAÇÃO DE TRÊS ANOS
Redação Publicado em 17/09/2008, às 16h46
por Bianca Portugal
Calma, tranqüila, sempre zen. Foi assim que Letícia Spiller (34) contou, durante a temporada CARAS/NEVE, que chegou ao fim o romance de três anos com o editor de som Daniel Mazzuca (34). "Simplesmente desgastou. Não houve briga, foi apenas o tempo", explicou ela. O fim da relação deixa a atriz ainda mais focada no filho, Pedro (11), da união com Marcello Novaes (45). "Ele está entrando na adolescência, fase complicada. Tenho que ficar mais próxima dele", contou. Letícia também se mostra empolgada com projetos profissionais. No momento grava na Globo o piloto de um programa que ainda não pode ser divulgado; faz uma oficina de teatro com Amir Haddad; e vai rodar um longa inspirado no livro Por Inteiro, de Clarice Lispector (1920-1977), sob direção de Nicole Algranti, sobrinha-neta da escritora. "Eu me identifico muito com tudo o que Clarice escreveu."
- Como está com Daniel?
- Temos um carinho enorme. Seremos sempre muito amigos.
-Você está namorando?
- Quero aproveitar esse tempo para ficar só. Preciso disso agora.
- Não costuma emendar uma relação em outra?
- Já vivi as duas coisas. Mas não tenho nenhum problema em ficar sozinha. Gosto disso, embora ache que o homem não tenha nascido para a solidão. O momento da morte já é muito solitário. Por isso, é bom aproveitar a vida a dois. Mas agora quero me dedicar ao Pedro.
- Você havia manifestado a idéia de ter outro filho...
- Continuo com esse desejo, mas, como falei, não era para já. É só um desejo, que eu ainda nem sei se vou realizar mesmo.
- E o Pedro? Como ele enfrentou essa separação?
- Está bem. Pedro sempre foi bem resolvido. Até porque eu e o pai dele nos separamos, mas até hoje mantemos uma relação muito boa. Ele vê isso e entende.
- Você é uma mãe durona?
- Procuro o equilíbrio. Não fico passando a mão na cabeça e não dou tudo. Quero que ele dê valor às coisas, as pessoas perderam essa noção. Todo mundo tem demais. Tento mostrar que isso não é a realidade. E ele entende, não é de pedir. Desde pequeno, quando começou aquele negócio de birra, cortei logo. As pessoas confundem amor com bens materiais.
- Vocês conversam muito?
- É bacana quando a gente entra em um papo-cabeça. Eu fazia muito isso com meu pai e sei que é gostoso ter alguém que explique as coisas. Às vezes, a gente conversa que nem adulto. E fazemos juntos vários programas culturais e adoramos viajar. Pedro curte tudo.
- Há assuntos proibidos?
- Respondo a tudo o que ele pergunta, sempre tentando achar uma maneira simples de explicar. Ele já me perguntou sobre sexo, religião, drogas... e eu respondi.
- E quanto à fama dos pais?
- Me preocupa. Pedro sofre na escola por isso. Os meninos pegam no pé. E ele fica uma fera. Quer defender a mim e ao pai. O mais difícil é explicar que tem que relevar. Se para a gente é difícil, imagina para uma criança. Ele está começando a entender, mas precisou brigar. Faz parte, ainda mais sendo menino. Os homens já vêm ao mundo com um encargo muito pesado que é o de ser homem.
- Como assim?
- Ser mulher não é fácil, mas há muito preconceito com os homens. Quando Pedro era pequeno, queria aprender sapateado. Dei o calçado e ele dançava o dia inteiro. Mas aí foi crescendo e, na cabeça dele, virou coisa de menina. Ficou com vergonha. Esse preconceito não é dele, nem nosso em casa. Veio da escola, da vida.
FOTOS: Jaime Borquez
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