NA PATAGôNIA COM VALENTINA, ELA REVELA-SE FERA NO SNOWBOARD E NA VIDA
Redação Publicado em 26/08/2008, às 17h43
por Valença Sotero
Convidada da Temporada CARAS/NEVE, a jornalista, que divide a bancada do Jornal do SBT - Edição Noite com Carlos Nascimento (53), revelou em Bariloche o seu lado mais radical. Fera no snowboard, Cynthia Benini (34) adora viajar. "Trabalho para poder conhecer lugares novos", conta. Mãe dedicada, ela se orgulha da falante Valentina (5), fruto de seu casamento de quatro anos com o ator André Gonçalves (32). No Arelaunquen Lodge, ela revela sua intimidade. Solteira há poucos meses, desde que terminou relacionamento de um ano com empresário Rodrigo Navarrete (30), Cynthia afirma que não tem tempo de ficar à procura de um amor, conta que está construindo uma casa e revela o que espera de um parceiro. Segura e determinada, profissionalmente ela também não faz por menos: "Quero mais!"
- Quando começou a praticar snowboard?
- Conheci o esporte na Nova Zelândia, há 7 anos. Gostei tanto que até comprei o equipamento. É uma questão de identidade, como um tênis que se encaixa em você.
- Qual é o encanto?
- É emocionante chegar no alto da montanha, onde só tem o branco da neve e o azul do céu. O silêncio chega a ser 'ensurdecedor', um contato supremo com a natureza. Já sentei na pista para curtir esse momento. Outro grande prazer é a superação. O cansaço da subida é recompensado na descida, principalmente a primeira, quando ainda estamos identificando a montanha. Pena não ter no Brasil.
- Valentina já mostra interesse por esse esporte?
- Interesse, sim. Mas ainda é muito novinha e tenho medo de já a deixar praticar. Mas, na próxima viagem, já dá para ela começar no esqui, que é mais fácil e mais seguro, principalmente para crianças.
- Gostou de Bariloche?
- Sim. É incrível como a cidade oferece númeras opções de lazer. Já estive aqui no verão, também fazendo esportes de aventura. No inverno, as belezas naturais não desaparecem com a neve. Na montanha, há árvores e cachoeiras bem próximo da pista.
- O frio te incomoda?
- Não. Adoro lareira, que além de aconchegante é um convite para um bom papo. O frio une as pessoas. Mas o meu humor não muda com o clima. Gosto do frio, mas com sol. Gosto da chuva para ficar em casa. Em São Paulo, comprei um terreno e estou construindo uma casa na Granja Viana, num condomínio que não é dentro da cidade, um lugar onde faz mais frio que o centro urbano.
- Gosta de viajar?
- Adoro, desde criança. O que me impulsiona a trabalhar é ter dinheiro para viajar. Já estive na Turquia, Grécia, Áustria, República Checa, Nova York... E quero proporcionar isso para Valentina. Com uma segunda língua, temos mais possibilidades de conhecer pessoas e de nos comunicarmos e essa é a única riqueza que conseguimos carregar para sempre, que fica na alma. As culturas têm riquezas diferentes. Quem reina aqui, do outro lado do mundo não é ninguém e é importante ter essa visão globalizada.
- Ainda planeja morar fora?
- Confesso que sim, mesmo tendo um bom trabalho e uma filha pequena. Gostaria de passar uma temporada na França, para estudar a língua e aprender mais da cultura. Adoro tudo que vem daquele país, a começar pela culinária.
- Como é a sua relação com Valentina?
- Somos amigas e parceiras e temos uma rotina de segunda a sexta. Uma vez por semana vamos ao cinema e comemos sanduíche. Trabalho todo dia das 19h às 2h da madrugada e ela é compreensiva com isso. No fim de semana não faço nada que ela não possa acompanhar. Valentina é tudo na minha vida, o combustível para tudo que eu faço. Essa é a última vez que a tiro de seu ritmo para me acompanhar. No próximo ano ela começa a ser alfabetizada e não poderá mais faltar à aula.
- Ela é muito inteligente e carismática...
- Tenho o maior orgulho de as pessoas gostarem dela. Além de curiosa, ela é falante e socialmente descolada. Fica amiga das crianças e tem uma boa relação com os adultos. Faço questão de não impor a ela os meus gostos e sim deixá-la livre para pensar e pontuar o que é legal para ela, perceber o que é certo ou errado. É uma criança extrovertida e observadora, mas obediente, entende o limite e o respeito. Sempre a tratei como um ser independente e dona da sua própria personalidade, que é diferente da minha.
- Namorado faz falta?
- Sempre namorei muito os mesmos, meus namoros são longos. Já, quando temos filho, trabalho e vida social com bons amigos, ficamos mais exigentes. Tem que ser alguém realmente muito legal para valer a pena. Não posso dizer que estou procurando alguém, pois não tenho tempo para isso e nem é esse o objetivo. Quero quem me dê liberdade de pensamento, um parceiro, companheiro. Tem que vir para somar. Já me convenci de que ninguém muda ninguém nem ninguém se adapta a ninguém. Temos que acrescentar e respeitar a individualidade do outro. Sou muito feliz com a minha vida e adoro a disponibilidade que só eu mesmo posso me dar. Não gosto de questionamentos e não tenho mais medo da solidão. Gosto de chegar em casa e só fazer o que eu quiser, abrir meu vinho, ouvir a minha música, entrar no meu carro e pegar a estrada. Prefiro ler um bom livro ou ver um bom filme do que ficar com alguém só para dizer que tenho um namorado.
- E Valentina tem ciúmes de seus namorados?
- Ao contrário. Ela se apega. Pede para eu arrumar um namorado e lhe dar um irmãozinho. Como o pai mora no Rio de Janeiro, ela sente falta de uma figura masculina.
- Como é dividir a bancada de um telejornal com o veterano Carlos Nascimento?
- Sou grata ao SBT por ter investido em mim. É um privilégio tê-lo como companheiro de trabalho e ele é muito generoso comigo. Me sinto à vontade para tirar dúvidas e pedir sua opinião.
- Quais são seus outros planos profissionais?
- Quero mais e gostaria que a emissora aproveitasse melhor o meu potencial. Eu adoraria, por exemplo, comandar um quadro de entrevistas.
Este site utiliza cookies e outras tecnologias para melhorar sua experiência. Ao continuar navegando, você aceita as condições de nossa Política de Privacidade