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CISSA GUIMARÃES

SOLTEIRA E COM O FILHO EM BARILOCHE

Redação Publicado em 26/09/2007, às 17h24

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Cissa, que terminou o namoro de um ano com o pintor Jorge Barata, anda de bicicleta com o caçula Rafael, da união com Raul Mascarenhas, pela bela região de Arelauquen
Cissa, que terminou o namoro de um ano com o pintor Jorge Barata, anda de bicicleta com o caçula Rafael, da união com Raul Mascarenhas, pela bela região de Arelauquen
Já foi o tempo em que Cissa Guimarães (50) se incomodava com o rótulo de "eternamente feliz". Uma época em que sua alegria, empolgação e o fato de estar de bem com a vida geravam recriminações. "Há um grupo na classe artística que me acha over, simpática demais. São os mesmos que acham legal a atitude blasé, a voz baixa. Não sou assim. Adoro acordar, adoro viver, adoro fazer os outros rirem, falar alto. Dizem que sou ligada no 220V. Quisera eu estar no 440V", assegura ela, que mostrou sua vivacidade durante a Temporada de Inverno CARAS/NEVE 2007, em Bariloche, Argentina. Solteira, após terminar um namoro de um ano com o artista plástico Jorge Barata (48), Cissa viajou com o filho caçula, Rafael (15), da relação com o saxofonista Raul Mascarenhas (54). "Rafa é o único filho que mora comigo. Aproveitei as férias dele e aprendemos a esquiar juntos", revela a atriz, que adorou Arelauquen. "Tirei muitas fotos. Já recomendei para vários amigos. Quero voltar acompanhada", afirma ela, também mãe de Thomaz (28) e João (24) - com o ator Paulo Cesar Pereio (66). O fim dos três casamentos que viveu - com Pereio, Mascarenhas e o médico João Batista Figueira de Mello (61) - não abalou o sonho da atriz, de ainda encontrar um amor. Mas a maturidade, somada a vinte anos de análise, estão dando resultados. Hoje, Cissa garante ter paciência para esperar o homem certo. "Resolvi aprender a ficar só, o que nunca havia feito. Não foi fácil, mas quis aprender a não precisar de um homem para chamar de meu. E talvez, uma das maiores aquisições que tenha feito nos últimos anos, foi a Cissa", explicou. - Você fez 50 anos em março. O que a idade trouxe de novo? - Na véspera, fiquei tensa. Mas nada mudou. Pode parecer lugar comum, mas é verdade: hoje percebo coisas que o tempo me trouxe e que são muito valiosas. A velha história: queria ter 50 com corpinho de 20. Minha ansiedade foi reduzida, aprendi a aceitar melhor o tempo de tudo. Era muito carrasca comigo mesma. E por isso ganhava muitas broncas do meu analista. Mas acho que diminuí a cobrança, a angústia por não fazer tudo como eu gostaria. Tem gente que me acha melhor hoje do que quando eu era jovem... - E posar nua foi a confirmação disso? - Sim. Queria mostrar que a mulher mais velha tem uma sensualidade mais madura. E, na minha opinião, é muito mais bela do que uma de 20 anos. Na minha idade, é bacana a mulher estar fisicamente bem e ter toda uma experiência. Acho poético. Nos 20, a beleza está na juventude, é linda por si só. Quis provar que não preciso ser jovem para estar bem. - Você é mãe de três filhos homens. O que eles acharam disso? - Eles me deram total apoio. Nossa relação é maravilhosa. Saímos juntos e costumamos conversar sobre todos os assuntos. Na escola do Rafael, um colega veio implicar com ele: 'Olha a bunda da sua mãe'. No que ele respondeu: 'Minha mãe tá podendo, e a sua?' Adorei isso, me sinto orgulhosa da criação que dei. - E como é a Cissa mãe? - Sou liberal. Em casa, conversamos sobre todos os assuntos polêmicos, como sexo e drogas. Mas também imponho limites. Exijo respeito e educação. É engraçado porque, antes, eles precisavam de mim para tudo. Agora sou eu quem precisa. Minha família são eles. Gosto de discutir os assuntos, estar por perto sempre. - Como foi criá-los praticamente sozinha? - Pois é... Se tem uma causa para a qual não levanto a bandeira é essa coisa de pãe. Acho que quando se coloca um filho no mundo, tem que criar, dar educação, bancar não só financeiramente. Infelizmente, tive parceiros que não souberam lidar com isso, cada um foi viver sua vida. A tarefa sobrou para mim. E posso dizer que nenhum personagem em teatro, novela ou cinema cansa tanto quando educar. Já quis gritar. Mas não afrouxei. - Existe, para seus filhos, a figura masculina? - Não. O Pereio é um amigo. O pai vem em segundo lugar. O Raul mora na França. O Rafa só o vê quando eu mando. - E você acha que essa sua independência assusta os homens? - Com certeza. Mas já cansei de estar com homens que temiam isso. Agora, quero alguém que me dê forças, me apoie totalmente, mas cada um na sua casa, sem essa coisa de casamento. - Por que? - Desde que saí de casa, aos 17 anos, estou com alguém. Fiquei 15 anos com o Pereio, quatro com o Mascarenhas e seis com o João. Não vou dizer que não tenho minhas paquerinhas por aí, mas hoje, tenho tesão em ficar no meu escritório fazendo pesquisas e lendo. Homem é maravilhoso, não vivo sem eles e tenho minhas necessidades, claro. Sou fêmea e preciso do macho. Mas não idealizo mais essa história de casamento. - Projetos profissionais? - Além da viagem maravilhosa, Bariloche me proporcionou um presente: um papel no novo filme do José de Abreu (61), Vida Invertida, sobre a imigração judaica. Seremos o casal protagonista. Com relação a papéis em novelas e teatro, o tempo me ensinou a ficar mais seletiva. Como sempre aceitei tudo para poder educar meus filhos, agora aprendi a dizer não. Por enquanto, estou muito feliz com a volta ao cinema.