JANAINA BARBOSA: DESCOBERTAS

por Valença Sotero Ela terminou o casamento, estreiou deslumbrante na Marquês de Sapucaí à frente da bateria da Mocidade Independende, comprou um apartamento novo em São Paulo e comanda a reforma. Sem deixar de atuar, Janaina Barbosa (29) parte para a carreira de produtora de teatro. Convidada de CARAS em Bariloche, a atriz fala do fim da relação com o apresentador Otávio Mesquita (48), das descobertas da vida de solteira e anuncia novos rumos profissionais. - O que te levou a produzir? - A vantagem é poder decidir no que e com quem trabalhar. Era convidada para fazer coisas, mas não como eu queria. Produzir me deu a chance de fazer bons trabalhos. - Quais são os novos projetos?- Minha primeira peça como produtora executiva estréia em novembro: AVergonha dos Pés, de Fernanda Young, com direção do José Possi Neto. No mesmo mês, entra em cartaz Maria Borralheira, de Vladimir Capela, na qual além de produzir também atuo. Em 2008 realizo o sonho de fazer A Ética do Rei Menino, do Gabriel Chalita. - Depois de um tempo afastada do trabalho, é difícil voltar? - Passei quatro anos me dedicando ao casamento. Não foi exatamente uma opção, aconteceu naturalmente. Nessa época, disse 'não' para várias propostas de trabalho. Até para o Silvio Santos. Todos os convites eram na linha da fofoca, como fiz no TV Fama, da Rede TV!. Não quero mais nada nesse ramo. Quando saí do ar, tive tempo de repensar meus objetivos. - Tem mágoas do fim? - Conheci o Otávio com 21 anos e só tenho boas recordações. Foi uma história de amor que acabou sem explicação, embora tivéssemos apostado todas as fichas na relação. A maior decepção é comigo mesma, de não ter conseguido levar adiante uma coisa que eu queria muito. A decisão de separar foi minha e eu sofro mais por ter que carregar isso. Mas aprendi e valeu. Se me casar de novo, vou tentar não cometer os mesmos erros. - Que erros foram esses? - Eu era imatura e agregava muitas pessoas. Dava importância demais para as amigas e punha gente dentro da minha casa. Tenho amigas que quando brigavam com o namorado chegavam lá chorando. Eu dizia para o meu marido que ele é que tinha que ter paciência. Nunca mais vou fazer isso de novo. - Como está a vida de solteira? - Estou reformando o apartamento e tenho o controle da minha vida, o que nunca aconteceu. Saí da casa da minha mãe para ir morar com o meu marido. Pela primeira vez estou pagando pessoalmente os impostos e administrando o pedreiro. Antes, recebia tudo pronto. - Está preparada para um novo relacionamento? - Encontrar uma pessoa agora não é prioridade. Descobri que sou a minha melhor companhia e não tenho pressa de nada. Pode ser que eu me apaixone, dessa vez acerte e construa uma família. Nunca fui namoradeira e sempre tive relacionamentos longos. Antes de conhecer o Otávio, namorei 6 anos. Não gosto de sair na balada e ficar por ficar. E esse é o grande barato da mulher de 30 anos e que já casou. Acho que quando encontrar alguém vou demorar para querer uma relação mais séria. - 30 anos com ou sem crise? - Sem crise, mas fazendo um grande balanço. O corpo já não é mais o mesmo, mas isso não incomoda. Me sinto mais bonita do que há cinco anos. Estou mais segura, madura, com mais tolerância e paciência. O segredo é aprender a valorizar o que se tem de melhor. Estou até pensando em malhar,coisa que eu nunca fiz antes.