Brasileiros brilham ao lado de estrelas do cinema na 70ª edição do festival
Mais antiga competição de cinema do mundo, o Festival de Veneza chegou à 70ª edição com acirrada disputa também no red carpet. As mais belas estrelas da sétima arte realçaram o glamour do badalado evento italiano com modelos que deixaram pele à mostra, seja em fendas ou decotes. O charme brasileiro se fez presente com personalidades dividindo holofotes com musas como Scarlett Johansson (28) e Sandra Bullock (49). O renomado tenor paulistano Thiago Arancam (31), com a eleita, a italiana Michela Rovegno (32), linda, de longo negro sob medida, primou pela elegância em sua estreia na gala. “Estar no tapete vermelho foi emocionante. É a mesma sensação de subir ao palco e interpretar grandes óperas”, conta ele, que, radicado na Europa, conferiu a exibição de Amazônia – Planeta Verde, coprodução franco-brasileira. Já a deslumbrante modelo brasileira Natalia Borges roubou as atenções em look amarelo ousado e revelador.
De vermelho tomara que caia e fenda frontal, Sandra esbanjou charme ao lado do galã George Clooney (52) na abertura do evento no Palazzo del Cinema. Eles lançaram Gravidade, o primeiro filme em que contracenam, sobre dois astronautas perdidos no espaço. Amigos há mais de 20 anos, Sandra não escondeu a admiração por Clooney. “Tenho muito orgulho de ser amiga dele e do ser humano que ele se tornou”, diz a mãe de Louis (3), adotado em 2010.
Promovendo a ficção científica Under The Skin, recebida com frieza pela crítica, Scarlett explicou a construção da personagem, uma implacável alienígena de cabelos curtos e escuros que caça e mata homens. “Ela não é uma pessoa, é uma entidade. Tive de abandonar qualquer julgamento e deixar os meus instintos humanos de lado. Isso me ajudou a compreendê-la”, explica a musa, que optou por longo preto e decotado, com poderoso colar de pedras preciosas Bulgari, e não escondia a felicidade ao trazer no dedo um robusto anel de diamante. Ela, que foi casada com o também ator Ryan Reynolds (36) por dois anos, até 2011, confirmou o noivado com o jornalista francês Romain Dauriac (31), com quem está junto desde o fim do ano passado.
O preto reinou absoluto no tapete vermelho. Além do tomara que caia de Scarlett, foi a escolha de atrizes como a italiana Sara Cavazza (34), a iraniana Golshifteh Farahani (30), a chinesa He Wenchao (30) e a sul-coreana Lee Eun-Woo (33). Surgiu ainda no bordado com transparências que ressaltava a beleza da modelo Liliana Matthaeus, nos chiques looks da blogueira italiana Chiara Ferragni (26) e da atriz japonesa Kaho Minami (49) e nos longos com superdecotes nas costas das atrizes Evelyne Brochu (27) e Yuval Scharf (28), israelense que estrela Ana Arabia, no qual vive uma jornalista que visita Jaffa, nos arredores de Tel Aviv, onde árabes e judeus vivem em harmonia. “Jaffa fica a cinco minutos da minha casa. Eu, o elenco, minha família, meus amigos e todos da sociedade árabe queremos a paz”, afirma.
Em contraponto ao clássico negro, o nude foi eleito por atrizes como Eva Riccobono (30) e Chamina Bacco e Anna Mouglalis (35). Já o vermelho da japonesa Miori Takimoto (21) e o pink de Rebecca Convenant trouxeram a vibração das cores à soirée fashionista. Estrela de Night Moves, sobre jovens ambientalistas radicais, Dakota Fanning (19) arrasou com vestido decotado e maquiagem clean. “Ela é uma garota que decide fazer um gesto maior que ela, sem compreender os riscos”, conta Dakota. Ao lado da eleita, Alice Kim (29), com quem tem Kal-El (7), Nicolas Cage (49) brilhou no evento com o longa Joe, sobre um ex-presidiário que vive uma história de redenção. “Amei este personagem”, declara Cage.
Apesar de favorito, Joe não levou o prêmio de Melhor Filme, mas conquistou a categoria revelação pelo papel do jovem ator norte-americano Tye Sheridan (16). O Leão de Ouro foi uma surpresa: o documentário o italiano Sacro GRA, sobre pessoas que vivem na periferia de Roma. O troféu quebrou o jejum de 15 anos da Itália, que não conquistava a honraria máxima desde 1998, com Assim É que se Ria, de Gianni Amelio (68), e exaltou a ousadia do júri presidido pelo cineasta italiano Bernardo Bertolucci (72), de O Último Tango em Paris, de 1972, ao premiar pela primeira vez uma obra do gênero. Ele, de cadeira de rodas devido a uma cirurgia malsucedida na coluna, havia desempenhado a função uma única vez, em 1983. “Desde aquela época busco ser surpreendido”, garante ele.