'Valeu cada segundo', diz Adriana Esteves sobre o fenômeno Carminha

Adriana Esteves (42) tinha aceitado ir ao Domingão do Faustão, neste domingo, 28, com uma condição: ela não queria participar do quadro Arquivo Confidencial. Mas Fausto Silva (62) descumpriu o acordo com a atriz e a surpreendeu anunciando a homenagem.

“Eu não posso chorar, você prometeu!”, reagiu Adriana, rindo, assim que soube que veria uma série de vídeos com depoimentos sobre ela. Fausto imediatamente chamou o intervalo avisando que iria tentar convencê-la a participar do quadro. A tentativa deu certo.

Em clima de brincadeira, ela comentou o dia de eleição do segundo turno no país, provocando a plateia. “A Carminha seria eleita, não seria?”, disse a atriz, citando a personagem que a consagrou em Avenida Brasil, da Globo.

“Achei que ia ser um pouco mais odiada quando a novela começou. A surpresa foi terminar a novela e poder falar que ela foi muito querida”, comentou. Adriana revelou que já está com saudades da personagem. “Ontem eu tirei o cabelão loiro e sofri. Estava apaixonado por ele”, brincou.

Satisfeita com o sucesso que alcançou, a atriz disse que trabalhou muito, emagreceu e teve um desgaste físico grande. “Meu marido disse que eu ainda choro e sangro a Carminha”, comentou Adriana, que é casada com Vladmir Brichta (36). “Mas valeu cada segundo”, resumiu.

Depoimentos

O primeiro depoimento foi do diretorBoninho (50), que lembrou o início da carreira de Adriana. Ela apresentava um programa na Band quando foi chamada por ele para participar de um quadro no Domingão do Faustão há 23 anos, que acabou lhe rendendo um papel em Top Model (1989).

“O início da minha carreira se deve muito a Boninho, Alexandre Lannes [diretor] e Fausto”, agradeceu Adriana.

Gabriela Duarte (38) e Flávia Alessandra (38), que fizeram os testes junto com Adriana, também participaram do Arquivo. As duas elogiaram o talento da colega, que o tempo todo segurou o choro.

Renata Sorrah (65) atuou com Adriana em Pedra Sobre Pedra (1992). “Ela era uma menina, mas já tinha uma luz e uma concentração que a gente já sabia que iria despontar uma grande atriz”, disse a veterana, que também revelou que Carminha foi inspirada em Nazaré, personagem que as duas viveram em diferentes fase de Senhora do Destino.

“Eu me inspiro em você, Renata, na minha vida. Que mulher!”, respondeu Adriana, que disse que Carminha é filha de Nazaré e Mel Maia (8), que interpretou Rita na primeira fase de Avenida Brasil, vai viver a tataraneta da Nazaré. “Ela vai dar uma vilãzona, você vai ver”, disse para o Faustão.

Os depoimentos continuaram com Claudia Jimenez (53), que contracenou com ela em Torre de Bebel, e Maria Padilha (52), que dirigiu Adriana no teatro, logo após a novela Renascer (1993), da qual ela foi protagonista e recebeu críticas negativas. Na época, Adriana entrou em depressão.

“Acabou Renascer e eu estava no meio do meu tsunami, eu dei a mão para ela [Maria Padilha] e ela me salvou”, disse Adriana, que também ouviu depoimentos da equipe de caracterização de Avenida Brasil.

‘É tudo culpa da Rita!’

Segurando o choro, Adriana ouviu Débora Falabella (33) agradecê-la pela cumplicidade que as duas tiveram. “Logo quando comecei a novela e assisti aos primeiros capítulos, fiquei muito impressionada. Antes de conhecê-la. Quando comecei a contracenar, começou o jogo e a brincadeira. Esse tipo de personagem exige uma energia muito grande uma da outra. É como um par romântico. A gente pode se odiar muito ou se gostar muito. A gente escolheu se gostar muito. A cumplicidade que a gente teve fora e dentro de cena foi muito prazerosa”, declarou a atriz.

Adriana retribuiu o depoimento e avisou que o sucesso ‘é tudo culpa da Rita!’.

Murilo Benício (41), namorado de Débora, avisou que não vai mais largar de Adriana. “Viramos grandes amigos, grandes parceiros de cena. Ela fez um elogio que nunca mais vou me esquecer. Ela falou: ‘Eu adoro interpretar com você porque você me ouve’. A Carminha foi um desabafo da Adriana Esteves. O Brasil vai sentir sua falta. Eu não, porque vou estar sempre com você”, disse. 

João Emanuel Carneiro (41), autor de Avenida Brasil, revelou que a direção da Globo havia oferecido outras atrizes para interpretar Carminha. “Eu insisti que fosse a Adriana”, contou. “Ela é uma atriz muito completa e muito determinada, estudiosa e concentrada. Essa novela foi escrita por mim e pela Adriana, não poderia ter nenhuma outra atriz do mundo”, afirmou.

“O João Emanuel virou uma das pessoas mais importantes da minha vida”, disse Adriana.

A diretora Amora Mautner (37) seguiu com os elogios. “Ela não é só uma atriz, ela é uma artista. Você [Adriana] está ferrada, você vai trabalhar comigo pro resto da sua vida”, declarou.

“Eu precisava da Amora naquela força que ela tinha. Ela lutava pela Carminha”, comentou a atriz, emocionada.

Maridão

Antes de encerrar o quadro, claro que não podia faltar o depoimento de Brichta. “A Carminha jamais afetou a vida dela. Ela sabe, com uma inteligência incrível, diferenciar a vida profissional da pessoal. Ela estava ali o tempo inteiro. Eu morro de orgulho desta mulher. O Brasil inteiro deve ter orgulho de ter essa atriz” , falou.

Adriana agradeceu à equipe inteira de Avenida Brasil, às babás que cuidaram dos filhos, Felipe (12), Vicente (6) e enteada Agnes (15), e a todos os atores que contraceneram com ela.

“Quero agradecer o Brasil curtindo que nem um jogo de futebol. Foi uma época iluminada, um ano iluminado. Só de agradecimentos”, declarou.

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