Em entrevista à CARAS Brasil, o neurocirurgião Guilherme Rossoni alerta para a fala do ator Klebber Toledo envolvendo o sono
Publicado em 04/07/2025, às 18h28 - Atualizado em 05/07/2025, às 22h16
No ano passado, Klebber Toledo (39) chocou o público ao revelar que não gostava de dormir. À época, o marido de Camila Queiroz (32) chegou a dizer que, se pudesse, nem mesmo descansaria e ainda contou que preferiadormir poucas horas.
O ator declarou em entrevista ao vídeocast Na Palma da Mari, da CNN POP: “Eu detesto dormir, se eu pudesse eu não dormiria, vivo falando ‘Deus, Pelo amor de Deus, pra que a gente tem que dormir?'", disse em 2024. Toledo ainda respondeu em média quanto tempo dorme: "De 3 a 6 [horas], depende!"
O Dr. Guilherme Rossoni, neurocirurgião formado em medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo e com residência médica em Neurocirurgia pelo Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo, aponta algumas consequências no hábito de dormir pouco.
"A privação de sono constante traz consequências sérias afetando a memória, o raciocínio, o humor e o desempenho físico. Pode causar irritabilidade, ansiedade, depressão e até doenças neurológicas mais graves. No caso da coluna, aumenta a chance de dores crônicas, rigidez e problemas estruturais. O corpo não se recupera como deveria, o que leva a um desgaste precoce. O sono é um dos pilares da saúde, e precisa ser tratado como prioridade", declara.
Apesar da importância de uma boa noite de sono, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 45% da população mundial sofrem com algum distúrbio do sono. Em pesquisa de 2019, a Associação Brasileira do Sono (ABS) alertou que os brasileiros estão dormindo cada vez menos.
"O hábito de dormir pouco ou quase nada pode prejudicar muito a saúde sim, principalmente ao longo do tempo. Temos que entender que sono não é um luxo, é uma necessidade. O cérebro organiza as memórias, regula os hormônios e, de fato, descansa", reforça.
Já a coluna vertebral se descomprime e se regenera durante o descanso. Dormir mal interrompe esses processos. Ao longo do tempo, isso pode causar desde fadiga mental, o emocional pode se desgastar muito e até dores crônicas nas costas e no pescoço.
O neurocirurgião menciona que o ideal pra um adulto é dormir entre 7 e 9 horas por noite. Esse é o tempo necessário para que o corpo e o cérebro cumpram suas funções de restauração. Dormir menos que isso, o organismo entra em um estado de alerta constante.
"No caso da coluna, por exemplo, os discos intervertebrais não têm tempo suficiente para se reidratar, o que favorece desgastes, hérnias e dores musculares. O corpo precisa desse intervalo para se recuperar", finaliza o neurocirurgião.
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