O apresentador Edu Guedes está internado em um hospital de São Paulo após passar por uma cirurgia delicada.
Publicado em 06/07/2025, às 14h32 - Atualizado em 08/07/2025, às 12h29
Edu Guedes (51) foi submetido a uma cirurgia delicada para a remoção de um câncer no pâncreas neste sábado, 5, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A doença do apresentador da RedeTV! foi descoberta após exames de rotina, segundo confirmação da sua esposa, Ana Hickmann (44).
CARAS Brasil entrevista o Dr. Rodrio Surjan, que explica que a cirurgia feita em Edu é considerada complexa devido à localização do nódulo. "O pâncreas é um órgão que fica numa localização que a gente chama de retroperitônio, que é lá atrás, atrás de diversos outros órgãos, mais para o compartimento posterior do abdômen", diz.
"É um órgão rodeado de estruturas vasculares, de vasos sanguíneos muito importantes e calibrosos, como a artéria do baço, que é a artéria esplênica, a artéria do fígado, que é a artéria hepática, e que vem de um grande ramo chamado tronco celíaco, localizado logo acima da borda superior do pâncreas. Na borda inferior do pâncreas, temos a artéria mesentérica superior, principal artéria responsável por fornecer boa parte do suprimento sanguíneo para os intestinos. Também logo atrás do pâncreas, existe uma confluência de veias muito grandes, como as veias do fígado, a veia porta — formada pela junção da veia esplênica (que vem do baço), da veia mesentérica superior, da veia mesentérica inferior e de uma veia menor chamada veia gástrica esquerda. Ou seja, o pâncreas está localizado acima de grandes e importantes estruturas vasculares.", acrescenta.
Segundo o médico, a cirurgia feita pelo apresentador é de alto risco no pós-operatório, já que pode desencadear uma série de outros problemas de saúde e morbidade do paciente. Neste caso, o risco de mortalidade pós-operatória também não é descartada.
"Tecnicamente são cirurgias complexas, com grau de delicadeza e dificuldade técnica bastante elevado. Também são procedimentos associados a alta morbidade e mortalidade pós-operatória, ou seja, complicações como fístulas pancreáticas, vazamento do suco pancreático e sangramentos após a cirurgia, inclusive tardiamente, sete ou oito dias depois. São, portanto, intervenções de altíssimo risco. E o que já se viu, amplamente documentado na literatura médica, é que grupos com alta especialização e alto volume de cirurgias pancreáticas são os que conseguem os menores índices de complicações no pós-operatório", finaliza.