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Bem-estar e Saúde / Saiba mais!

Médico alerta tratamentos experimentais de Preta Gil: 'Não são cobaias, mas...'

Oncologista comenta decisão da cantora Preta Gil de buscar tratamento experimental oferecidas fora do país; confira

Preta Gil está fazendo tratamentos experimentais nos EUA - Reprodução/Instagram
Preta Gil está fazendo tratamentos experimentais nos EUA - Reprodução/Instagram

Preta Gil embarcou para os Estados Unidos em busca de novas possibilidades contra o câncer. Após uma jornada intensa de tratamentos no Brasil, incluindo cirurgias e quimioterapia, a cantora agora aposta em terapias experimentais oferecidas fora do país.

Mas o que realmente significa buscar esse tipo de tratamento? Quais os riscos e até onde isso pode ser uma alternativa real para outros brasileiros? A CARAS Brasil conversou com o oncologista Elge Werneck, que analisou o caso da artista e fez importantes considerações.

O que são esses tratamentos experimentais que Preta Gil foi buscar?

Segundo o especialista, quando pacientes como Preta Gil recorrem a terapias experimentais nos Estados Unidos, eles entram em protocolos de pesquisa que envolvem medicamentos ainda em desenvolvimento.

"Opções experimentais são bastante variáveis, mas, em geral, são novas combinações de drogas já conhecidas ou drogas mais modernas, habitualmente com novos mecanismos de ação", explica Werneck.

O objetivo dessas terapias é claro: "Espera-se que nesses casos, essas opções possam oferecer respostas melhores que os tratamentos convencionais, abrindo perspectivas de ganhos de qualidade e tempo de vida."

Por que Preta Gil foi aos EUA e não ficou no Brasil?

A cantora, que luta contra a doença desde janeiro de 2023, passou por diversos tratamentos no Brasil, incluindo uma cirurgia de 21 horas em dezembro de 2024. Após recidivas e novas metástases, ela esgotou as possibilidades convencionais disponíveis no país.

"Uma segunda recidiva, após vários tratamentos tão intensivos, sem dúvidas demonstra um perfil de agressividade dessa doença. Nesses casos, enquanto houver condições clínicas da doente e disponibilidade terapêutica, podemos seguir buscando respostas com tais tratamentos. No caso da Preta Gil, pelo que parece, esgotaram-se as opções de drogas em território nacional, o que a fez buscar novos cenários nos EUA", afirma o oncologista.

"Levando em consideração que ela tem uma boa condição clínica, faz todo sentido essa tentativa. A insistência nesses tratamentos depende da resposta terapêutica e das condições clínicas da doente", completa.

Terapias experimentais são arriscadas?

Para muitos, a ideia de participar de estudos clínicos ainda levanta dúvidas. Mas Werneck é enfático ao dizer que não se trata de colocar o paciente em risco.

"É importante lembrar que esses pacientes NÃO SÃO COBAIAS, visto que essas terapias já demonstram segurança e provável eficácia, mas sim privilegiados por estarem sendo expostos a drogas ou combinações que poderão, ser em breve, as escolhas preferenciais para essas doenças", afirma.

E essa realidade não está tão distante do Brasil como se pensa. "Essa realidade está cada vez mais disponível, inclusive em vários centros em todo o Brasil, que já trazem esses protocolos de pesquisa e ampliam as possibilidades para os nossos pacientes."

Para pacientes que esgotaram os tratamentos tradicionais, a recomendação do médico é clara: "No caso de falha ao tratamento convencional, é recomendável conversar com o médico sobre essas oportunidades, o que pode abrir um novo cenário na vida desses doentes."

Qual é o estado atual da saúde de Preta Gil?

Preta Gil, de 50 anos, foi diagnosticada com câncer no reto em janeiro de 2023. Após quimioterapia e cirurgia, chegou a anunciar a cura. No entanto, em meados de 2024, a doença retornou com metástases no peritônio, linfonodos e ureter.

A cirurgia mais recente, realizada em dezembro de 2024, durou 21 horas no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Na recuperação, a artista permaneceu três dias em coma induzido e agora vive com uma bolsa de colostomia definitiva.

Apesar das dificuldades, Preta segue determinada a buscar alternativas que ofereçam não apenas mais tempo, mas mais qualidade de vida.

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