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Bem-estar e Saúde / ATENÇÃO!

Médico alerta sobre filho caçula de Cher após problema com abuso de substâncias: "Risco"

Em entrevista à CARAS Brasil, médico avalia o caso de filho de Cher e comenta gravidade do abuso de substância durante os anos de desenvolvimento.

Dr. José Fernardes Vilas e Giulia Polizeli
por Dr. José Fernardes Vilas e Giulia Polizeli

Publicado em 16/06/2025, às 17h00

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Elijah Blue Allman, filho caçula de Cher, é hospitalizado no último sábado (14) - Foto: GettyImages
Elijah Blue Allman, filho caçula de Cher, é hospitalizado no último sábado (14) - Foto: GettyImages

Elijah Blue Allman (48), músico e filho caçula de Cher (79), foi hospitalizado às pressas durante o final de semana após sofrer uma overdose em Joshua Tree, na Califórnia, nos Estados Unidos. Segundo o site TMZ, ele está recebendo cuidados médicos.

Ainda não há confirmação de quais drogas foram utilizadas, nem pronunciamento oficial da equipe de Cher. Fontes próximas à cantora informaram que ela se mantém ao lado do filho, completamente focada no seu bem-estar e fazendo tudo ao seu alcance para ajudá-lo.

O ocorrido abre um novo capítulo em um longo histórico de abuso de substâncias. Em 2014, Elijah se abriu em entrevista sobre a batalha contra o vício, experiências de quase morte e a dificuldade de manter a sobriedade. Em seu relato, o músico confessou uma introdução prematura às drogas, com apenas 11 anos de idade.

Em entrevista à CARAS Brasil, o psiquiatra Dr. José Fernandes Vilas avaliou os efeitos psicológicos do abuso de substâncias e o caminho para recuperação em casos como o de Elijah e chamou atenção aos impactos que a exposição precoce a drogas pode ter no desenvolvimento de pré-adolescentes: "Durante a adolescência, o cérebro ainda está em formação, com destaque para áreas como o córtex pré-frontal, responsável por funções como julgamento, autocontrole e tomada de decisão. A exposição precoce a drogas pode interromper o amadurecimento dessas áreas, aumentando o risco de transtornos psiquiátricos, prejuízos cognitivos e dificuldade em regular emoções e impulsos ao longo da vida", explica.

Ele reforça, no entanto, que a exposição midiática pode aumentar a vulnerabilidade emocional, especialmente para filhos de celebridades, onde existe o desafio do olhar crítico do público. Em entrevistas passadas, a mãe da dupla já afirmou que sua família possui predisposição genética ao vício, fator que, em conjunto com a longa exposição às substâncias, pode criar um cenário mais desafiador para alcançar e manter a sobriedade.

Ainda segundo o especialista, a overdose pode ter consequências graves de acordo com o tipo de droga, a quantidade ingerida e o tempo até o atendimento médico: "[As sequelas] podem incluir lesões cerebrais por falta de oxigenação, danos cardíacos, falência renal, prejuízos neurológicos permanentes (como dificuldades de memória, fala e movimento) e, em casos mais graves, estado vegetativo. Mesmo quando a pessoa sobrevive sem sequelas físicas aparentes, há um aumento significativo do risco de novas overdoses e agravamento do quadro psiquiátrico", completa.

Fruto do relacionamento com o cantor Gregg Allman, falecido em 2017, Elijah é o caçula entre os dois filhos da atriz e tem direito a um fundo fiduciário deixado por seu pai. Em 2023, Cher entrou com pedido judicial de tutela financeira temporária, afirmando temer pela segurança e estabilidade do filho. Documentos oficiais afirmavam que "qualquer valor entregue diretamente a Elijah será imediatamente gasto com drogas, deixando-o sem recursos para sua subsistência e colocando sua vida em risco".

Quais são os caminhos para uma possível recuperação?

Para o psiquiatra, a internação representa um ponto crucial para o redirecionamento do tratamento, enquanto os principais caminhos incluem:

  • Desintoxicação supervisionada, em ambiente seguro;
  • Psicoterapia intensiva, com foco em prevenção de recaídas;
  • Uso de medicamentos, quando indicado, para controle de fissura e comorbidades (como depressão e ansiedade);
  • Programas estruturados de reabilitação, como comunidades terapêuticas e tratamento ambulatorial de longo prazo;
  • Rede de apoio familiar e social, fundamental para a reintegração.

O especialista também reforça que a recuperação deve ser vista como um processo contínuo, com planos individualizados e acompanhamento prolongado.

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